A candidata a prefeita de Teresina pelo PSTU, Luciane Santos, criticou a desigualdade do tempo de propaganda eleiotoral, que é dado em tempo substancialmente maior para os partidos que já estão no poder. Além disso, para ela, a “mídia burguesa” não abre muito espaço para que os partidos pequenos mostrem suas propostas.

A professora Luciane destacou também que, assim como os outros partidos menores, uma das suas maiores armas de divulgação de campanha tem sido a internet, pois a sigla recebe apenas doações voluntárias de trabalhadores para realizar outros tipos de divulgação de material de campanha. 

"Somos um partido que não recebe financiamento de empresário ou de empresas. Nós recebemos a contribuição voluntária dos trabalhadores, então, dificuldades financeiras a gente teve do começo ao fim, mas deu para a gente colocar o nosso material, para fazer todas as nossas coisas que tinha que fazer. O problema maior está na mídia burguesa, que não abre o espaço necessário que precisamos. O tempo de TV é muito desigual, muito desleal e injusto. Só é dado para o PSTU 8 segundos de TV, enquanto que os partidos que já estão aí no poder, a exemplo do PSDB, tem um tempo enorme para pintar uma cidade que é desconhecida da população, da classe trabalhadora”, destacou . 

Ela continuou com as críticas às propagandas no Rádio e TV do PSDB em Teresina. Para ela, as informações não correspondem com a realidade vista na capital e os empresários são os maiores doadores das campanhas do prefeito Firmino Filho (PSDB), candidato à reeleição. 

“Aquela cidade futuro, maravilhosa, que ele coloca, não é conhecida pela periferia. Nós não temos transporte público de qualidade, nossos filhos não têm direito a creche em tempo integral, temos uma saúde muito precária, que para a gente conseguir uma consulta com um especialista a gente passa de 8 meses, as vezes quase um ano para conseguir. Então, ali você vê propaganda pesada para pintar uma cidade que não existe e o dinheiro vem do financiamento de empresários, daqueles que quando o Firmino ganhar, ele vai ter que devolver tudo que foi repassado com juros e correção monetária. E esse dinheiro vai sair do orçamento público, que deveria ser investido em saúde, educação, saneamento e geração de emprego e renda”, destacou. 

Para ela, a solução era que fosse dado tempo igual de propaganda para todos os partidos. “Qual é o medo que a burguesia tem de o PSTU colocar suas ideias, dos partidos menores exporem suas ideias”, questionou Luciane.

A candidata informou ainda que está priorizando nessa reta final, a realização de reuniões com apoiadores, o corpo a corpo a corpo com o eleitor, panfletagens nas praças e bairros da periferia e caminhadas. “E estamos usando a mídia alternativa, que são o facebook, o youtube, etc, para seguir com nossa campanha.”, complementou.  

Lyza Freitas redacao@cidadeverde.com