Promotor Ubiraci Rocha. Foto: Wilson Filho/Cidadeverde.com
O promotor de justiça Ubiraci Rocha falou hoje (2) que a soltura de Moaci Moura da Silva Júnior, 27 anos, não vai prejudicar o caso. Segundo ele, o rapaz deve ir a júri popular no início de 2017. Réu por duplo homicidídio e lesão corporal grave, Moaci teve a prisão revogada ontem (1º) em decisão unânime da 1ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí.
Ubiraci disse avaliar a revogação da prisão com naturalidade, especialmente porque o caso não ficará prejudicado.
"Prender e soltar faz parte. Não conheço ainda o conteúdo da decisao do tribunal, mas sei que foi unânime. O que importa para nós é que o processo seguirá seu curso normalmente. Isso não traz prejuízo de forma alguma ao processo", declarou.
Segundo o promotor, apesar da soltura, Moaci volta à situação em que se encontrava no início do processo, devendo cumprir as medidas cautelares estabelecidas pela justiça.
O jovem deixou ontem a Casa de Custódia de Teresina, após um mês e dez dias presos. A partir de agora ele está novamente impedido de deixar Teresina sem comunicar a justiça, ficar fora de casa entre as 21h e 5h, conduzir veículos automotores e ir a bares e boates. Além disso, ele precisa comparecer em juízo mensalmente e sempre que solicitado.
"Além de tudo, essa prisão não tem natureza de pena, mas apenas acutelar, e ano que vem ele estará no tribunal do júri. A justiça decidiu que ele deve permanecer sob as condições cautelares. Qualquer pessoa do povo que souber do descumprimento disso, pode levar ao conhecimento da justiça", explicou o promotor.
O acidente
A colisão que vitimou os idealizadores do Salve Rainha aconteceu no dia 26 de junho quando Júnior Araújo, seu irmão Bruno Queiroz e o amigo Jader Damasceno deixavam o Parque da Cidadania. O Fusca em que estavam foi atingido violentamente por um Corolla na avenida Miguel Rosa, por volta das 23h.
Bruno morreu no local, o irmão ainda resistiu 4 dias no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Jader passou por cirurgia em um hospital da rede particular.
O motorista apontado como suspeito de provocar a colisão, Moaci Junior, pagou fiança de R$ 7 mil e foi liberado na manhã seguinte ao acidente.
No processo, ficou constatado através de perícia técnica que Moaci estaria em estado de embriaguez alcóolica aguda e dirigia a aproximadamente 100 km/h, além de ter desrespeitado o sinal vermelho no momento da colisão.
Maria Romero redacao@cidadeverde.com