As câmeras de segurança de um estabelecimento na avenida Jockey Clube flagraram a movimentação próximo ao local onde o cabo da Polícia Militar Valdir Mendonça foi morto. As imagens mostram duas moças caminhando e depois retornando e depois mais pessoas correndo na direção contrária ao tiroteio na última terça-feira (7).
O último a passar no vídeo é o autor do disparo contra o PM. Ele carrega uma mochila com o dinheiro roubado da clínica e manca de uma perna, consequência do tiro que levou. O suspeito, Juliano Kelson Mourão da Silva é o único foragido do grupo que participou do latrocínio.
Ontem a adolescente e estagiária da clínica, suspeita de levantar informações privilegiadas do roubo do malote foi levada do complexo de defesa da cidadania onde estava para a sede da Delegacia de Homicídios. Lá foi submetida a uma acareação com o próprio irmão e com um cabelereiro, ambos conduzindo pela Polícia Militar. As declarações dela, resultaram na prisão dos dois e agora já são quatro presos além da adolescente apreendida.
Wilberson Sousa da Silva, ou Tirilu dirigia o carro de apoio que deu fuga ao atirador. Segundo a apuração ele esteve na clínica mais de uma vez observando a rotina e recrutou os criminosos. O cabelereiro Luís José de Oliveira Neto teria ajudado nos levantamentos e dado fuga aTirilu. José Soares Torres Neto, ou Zé Neto, estaria no carro de apoio e contratou o motoqueiro que participou da ação.
"O Zé Neto foi que convidou o Regifran, que é o piloto e o cabelereiro, segundo a adolescente, tanto ele foi lá no local com o irmão como ele também foi quem deu fuga e homiziou o Tirilu em uma casa no Monte Castelo", afirmou o delegado.
O piloto da moto Regifran Marques Santos se entregou ontem a noite e em um áudio atribuído a ele pela Polícia, o suspeito sugere que desconhecia a intensão dos comparsas. "Vou pegar uma corrida lá e eu nem conhecia o cara. Eu fui pro rumo da Dom Severino de boa. Eu desliguei foi a moto só que o cara era bandido e quando começou a correr o cara começou a atirar", mostra o áudio. Só que na delegacia o depoimento mudou.
"No auto de prisão em flagrante ele relata que foi para lá mas sabia que era uma saidinha de banco então ele sabia que ia haver um roubo. Ele fala isso numa questão de defesa que é pífia que não substancia ele de nada", pontuou o delegado.
O crime ocorreu na última terça-feira no bairro Jockey. Após o roubo de um malote numa clínica contendo R$ 8900 em dinheiro, o cabo Valdir do Vale perseguiu os suspeitos, trocou tiro com um deles e terminou baleado, morrendo a caminho do hospital.
Para a Polícia o caso está elucidado e resta somente a prisão de Juliano. Informações sobre o paradeiro do suspeito podem ser repassadas pelo disk denúncia da Delegacia de Homicídios. O número é 181.
Rayldo Pereira rayldopereira@cidadeverde.com