Cadernos Negros completa 40 anos e será lançado em Teresina

Atualizada às 11:37 de quinta-feira (22)

Por conta do apagão que atingiu estados do Norte e Nordeste do país, o lançamento da coletânea Cadernos Negros-Volume 40 teve que ser adiadaopara a próxima sexta-feira (23).

A programação estava prevista para ontem, mas foi prejudicada devido à falta de energia. A ideia era lançar o livro na data  21 de março por ser Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. 

A programação inicia às 18h45 no Memorial Esperança Garcia. 

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A coletânea Cadernos Negros-Volume 40 será lançada na próxima quarta-feira (21), no Memorial Esperança Garcia, em Teresina. A publicação reúne mais de 50 contos de escritores da literatura afro-brasileira contemporânea. Do Piauí, somente o escritor e historiador Ruimar Batista participa deste livro, com o conto “Nada Será Como Antes”.  

O dia 21 de março foi escolhido como data do lançamento da coletânea por ser o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. 

Ruimar explica que o conto “Nada Será Como Antes” é inspirado na letra Milton Nascimento e aborda uma história de superação. “É uma história de uma pessoa que consegue mudar de vida. É uma honra participar dessa coletânea. Para ter um conto publicado no livro é preciso passar por uma banca examinadora criteriosa”, disse o escritor Ruimar. 

O lançamento inicia às 18h45 e terá apresentação cultural de Dimas Bezerra e James Brito.  

Cadernos Negros- 40 anos

Em 1978 surgiu o primeiro volume da série Cadernos Negros, contendo oito poetas. Desde então, e ininterruptamente, foram lançados outros alternando poemas e contos de estilos diversos. Escritores de vários Estados do Brasil vêm publicando nos Cadernos, que têm sido um importante veículo para dar visibilidade à literatura negra.

“Escolhemos lançar o Cadernos Negros no dia 21 de março por causa do não sutil e, sim, explícito e violento racismo brasileiro e devido à simbologia dessa data. Lança este livro no dia 21 de março é afirmar para o Brasil, para o mundo que a maior arma de desenvolvimento que de fato conduz as pessoas para a sustentabilidade não é a construção de cadeias, não é a prisão e sim a educação, a cultura, a literatura”, pontua Ruimar Batista. 

Izabella Pimentel redacao@cidadeverde.com