Em reunião fechada, CCJ aprova reajuste e professores causam tumulto

 

 Atualização às 11h43

Mesmo com os protestos dos professores do lado de fora da sala da Presidência, a reunião da CCJ aconteceu e os deputados aprovaram o reajuste do 2,95% para a categoria. Os manifestantes queriam impedir a saída dos deputados, que devem confirmar o reajuste em plenário. O deputado do MDB, João Madison, foi o primeiro a tentar sair e precisou da escolta de policiais.   Minutos depois, o deputado Themístocles Filho, presidente da Casa, também saiu sob escolta e houve empurra-empurra. Alguns professores caíram no chão e se machucaram. (veja vídeo acima)      Atualização às 10h12

Os deputados apresentaram nova proposta para entrar cinco representantes do Sindicato. Os professores não aceitaram. O sindicato vai pedir a ilegalidade da votação na Assembleia, que ocorre a portas fechadas. Nem os professores e nem a imprensa têm acesso à Presidência.

O líder do governo na Assembleia, deputado Francisco Limma, diz que o governo cumpre a lei. "A ideia é conceder o reajuste que a legislação permite. Nem o governo, nem a Assembleia pode cometer nenhum ato de ilegalidade. A ideia é discutir e aprovar o novo projeto com percentual de reposição da inflação para manter o mínimo que as categorias exigem. Nesse momento, 2,95% é a reposição da inflação. Ninguém vai fazer algo ilegal", argumentou.

O governador Wellington Dias também já havia se manifestado sobre o protesto dos professores. 

Matéria original

O clima na Assembleia Legislativa do Estado continua tenso. Depois da confusão de ontem(20), na votação de derrubada do veto do governador, os deputados estão fazendo a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (SSJ) à portas fechadas. A decisão foi vista como uma manobra pela categoria e pelos deputados da oposição.

Há uma aglomeração de professores em frente à porta da presidência. A Guarda foi reforçada para impedir que os professores entrem na presidência.

O deputado Fábio Novo (PT) teve que ser ajudado pelos seguranças para entrar na sala da presidência. Ele foi chamado de golpista pelos manifestantes que dizem que a categoria não irá mais votar no PT é nem nos deputados do partido.

O assistente militar da Assembleia, coronel Cristiano, conversa com os manifestantes e tenta acalmar os ânimos.

Os deputados autorizaram a entrada da presidente do sindicato, Paulina Almeida. Até isso causou revolta na categoria. Eles querem a sessão aberta com a participação de todos os professores.

A presidente do Sindicato dos Professores acusa o governador Wellington Dias de aplicar um golpe nos professores. Ela diz que a categoria não aceita o reajuste de 2,95% proposto pelo governo.

"No dia 12 de março o governo assinou um acordo no Tribunal de Justiça autorizando um reajuste de 6,81% para os professores. Em uma manobra vergonhosa mandou o projeto de reajuste somente depois do dia 7 de abril, quando a legislação vedava. Agora vem o segundo golpe. Querem votar esse reajuste vergonhoso. A categoria não aceita. Vamos lutar até o fim", declarou.

 

Lídia Brito lidiabrito@cidadeverde.com