O candidato ao governo do Piauí, Romualdo Seno (DC), quer construir grandes obras de infraestrutura no Estado sem gastar um centavo. A ideia, segundo ele, é dar incentivos para que a iniciativa privada assuma as obras e explore os serviços. Ele citou como exemplos, o porto de Luis Correia e uma ferrovia ligando Cristalândia a Luís Correia.

“Vou fazer isso particular. Hoje temos tecnologia para fazer um porto em um ano e meio. Precisamos colocar na mão da iniciativa privada. Do mesmo jeito a ferrovia. Não vamos usar recurso público. Na ferrovia, por exemplo, daríamos 30 anos para a exploração”, declarou ao participar do “Fala Candidato”, série de entrevistas com os candidatos ao governo realizada pelo Jornal do Piauí, da TV Cidade Verde.

Os órgãos que já passaram por concessão no Estado, como a Ceasa, rodoviárias e Agespisa em Teresina, se eleito, Romualdo disse que não mexerá nos contratos. “Não vou mexer, vai ficar do jeito que está. Farei uma revisão do contrato para saber se estão cumprindo”, disse.

Romualdo declarou ainda que tem soluções “reais” e “pé no chão” para tirar o Piauí da crise. O caminho, segundo ele, é a redução de impostos. “Nós temos que diminuir impostos. Minha missão é baixar a carga de impostos do Estado. É isso que eu quero acabar. É a nossa bandeira. É possível fazer isso”, afirmou, negando que a medida contribua para baixar a arrecadação.

Foto: Catarina Malheiros

“Quando você diminui os impostos não diminui a arrecadação. Todos que pagarem imposto em dia terão 50% de desconto. Todos vão querer pagar em dia e vai gerar mais impostos, cerca de 30% a mais”, destaca.

Outra proposta defendida pelo candidato é a isenção de impostos para empresas visando a geração de emprego e renda.

“Vamos dar isenção fiscal de 30 anos para toda indústria que venha pro Piauí. A minha meta máxima é de criar 500 mil postos de trabalho. Se chegar a 200 mil, maravilha. A minha missão é essa. Vou dar minha vida para isso. Se eu trouxer dez empresas grandes são 200 mil empregos”, aposta.

Romualdo afirmou ainda que vai economizar, se eleito, até R$ 1,2 bilhão no custeio da máquina pública, sobrando recursos para pagar salários e fazer investimentos. “Eu não preciso ter 20 mil cargos de comissão. Eu não preciso ter essas coordenadorias. São milhões gastos. não preciso de 69 secretarias, com 20 a máquina pode funcionar. O Piauí hoje é uma máquina de dar emprego para filho de político. É muito partido sugando o dinheiro público. Eu vou precisar é do povo para governar”, finalizou.

Hérlon Moraes herlonmoraes@cidadeverde.com