Parceria com PLAN Internacional Brasil busca empoderamento de meninas

O empoderamento de meninas entre 12 e 18 anos oriundas de comunidades rurais será trabalhado pela Defensoria Pública do Estado do Piauí, por meio do Núcleo Especializado de Direitos Humanos, em parceria com a Organização Não Governamental PLAN Internacional Brasil, orgão humanitário que trabalha com desenvolvimento comunitário centrado na criança e no adolescente. 

A ideia é promover dois momentos de acolhimento de grupo de meninas, oportunizando que conheçam a Defensoria Pública e estimulando-as em relação à liderança.  A ação foi definida em reunião entre a defensora pública geral, Hildeth Evangelista, o defensor público Igo Castelo Branco de Sampaio, do Núcleo de Direitos Humanos e Tutelas Coletivas, e a gerente da PLAN Internacional do Brasil em Teresina, Geyse Costa.

O acolhimento das meninas atendidas pela PLAN se dará em dois momentos distintos na Defensoria Pública. No dia 15 deste mês de outubro, um grupo de dez meninas será recebido na Casa de Núcleos da Instituição, oportunidade em que, em duplas, conhecerão o funcionamento de cinco Núcleos Especializados, assumindo a direção desses Núcleos por um dia, sob a orientação das defensoras e defensores públicos titulares. Serão envolvidos na atividade os Núcleos da Infância e Juventude, de Defesa da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, dos Direitos do Consumidor, dos Direitos Humanos e da Saúde.

No dia 22, também deste mês de outubro, será realizado outro momento, oportunidade em que as meninas que integraram a primeira ação terão a possibilidade de apresentar um relatório, avaliando os ganhos que a atividade lhes proporcionou.

“A ideia é fazer uma parceria do Núcleo de Direitos Humanos com a PLAN, organização internacional que tem por foco fazer o empoderamento de meninas,  nessa linha de prepará-las para que possam intervir em suas comunidades.  Aproveitamos esse mês de outubro, quando a organização desenvolve o projeto Meninas Ocupam, para essa ação mais centralizada dentro da Defensoria. A intenção é fazer uma ação bem organizada, com ganhos recíprocos. Essa é a forma como o Núcleo trabalha, buscando o empoderamento comunitário, pautando as comunidades para que sejam partícipes do seu próprio processo de mudança”, afirma Igo de Sampaio.

“As meninas que participam dos projetos sociais da PLAN são de comunidades rurais, sendo que a grande maioria, infelizmente, já presenciou ou passou por situação de violência, embora nem todas, ao contrário do que se possa imaginar, sejam vítimas diretas de abusos. Buscamos transformar a visão dessas situações, fazer novas histórias em suas vidas. O motivo de procurarmos a Defensoria foi, inicialmente, que no mês de outubro desenvolvemos uma campanha que se chama Meninas Ocupam, que faz parte de um movimento global chamado Por Ser Menina, tendo sido institucionalizado pela ONU o dia 11 de outubro, Dia Internacional da Menina. Esse movimento busca dar visibilidade às vulnerabilidades pelas quais passam, simplesmente por serem meninas. Elas são as maiores vítimas do trabalho doméstico, do casamento infantil, sofrem evasão escolar por engravidarem e têm seus sonhos interrompidos por conta dessas violências. Buscamos a Defensoria por ser uma Instituição de garantia de direitos, nada mais justo e importante que elas tenham o conhecimento sobre a importância da Defensoria e como podem acessar esses direitos”, diz Geyse Costa.

“Trata-se de uma oportunidade ímpar poder, por meio de uma parceria com a PLAN do Brasil, contribuir  para estimular essas meninas, que vêm de uma situação de vulnerabilidade comprovada, a buscarem um futuro melhor, incentivando outras a fazerem o mesmo. Recebê-las na Defensoria, podendo conhecer de perto a realidade das lutas que travam, será, sem dúvida, também muito enriquecedor. Queremos com essa ação despertar nessas meninas a vontade de sonhar e saber que, com determinação e o apoio essencial das Instituições e Ógãos competentes, elas terão suas vozes ouvidas e seus direitos respeitados. A Defensoria Pública e a Casa dos Vulneráveis estão de portas abertas para acolhê-las em empoderá-las”, afirma a defensora-geral, Hildeth Evangelista.

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