O CEM (Centro Educacional Masculino) chegou ao limite máximo de lotação e não tem condições de receber adolescentes, caso não seja concluída a reforma que já dura mais de oito meses.
A juíza Elfrida Costa Belleza Silva, da 2ª Vara da Infância e da Juventude de Teresina, recebeu ofício da direção do CEM comunicando a superlotação. A magistrada solicitou que o governo do Estado conclua com urgência as obras do centro.
Com a rebelião em agosto do ano passado, a capacidade do CEM foi reduzida. Antes, o centro que chegou a abrigar 150 adolescentes infratores só tem capacidade para 57. Atualmente, abriga 71 adolescentes.
"Antes da rebelião, o CEM já precisava passar por reformas, agora é preciso concluir com urgência as obras em andamento", disse a juíza Elfrida Costa.
A unidade enfrentou uma das mais duras rebelião que deixou um rastro de destruição, com calções queimados, acessos depredados. No dia do motim, um educador foi tomado de refém.
Segundo a magistrada, o governo do Estado precisa recuperar o telhado do Centro Educacional Masculino, além do sistema elétrico e hidráulico que foi destruído com a rebelião.
Uma das alternativas apontada pela juíza Elfrida Costa foi do governo destinar uma ala no CEIP (Centro de Internação Provisória) para receber provisoriamente adolescentes infratores.
Liberar alojamento
A secretária de Assistência Social e Cidadania, Ana Paula, informou que já conversou com a magistrada e que está agilizando as obras na unidade.
"O problema se agravou no CEM com a rebelião, falei com a empresa que vai dobrar o número de funcionários para agilizar a obra", disse a secretária.
Segundo Ana Paula, o governo investe mais de R$ 100 mil na obra emergencial de recuperação do CEM. Cerca de 26 alojamentos estão sendo recuperados e na próxima segunda-feira (18) serão entregues 10 alojamentos no CEM
Flash Yala Sena yalasena@cidadeverde.com