Bolsonaro tenta novo acordo com Maia para aposentadoria de policiais

Foto: Carolina Antunes/PR

O presidente Jair Bolsonaro tem negociado nesta quinta-feira (4) um novo acordo com o Poder Legislativo para a inclusão de regras mais brandas para policiais federais e rodoviários no texto da reforma previdenciária. Na manhã desta quinta-feira (4), ele entrou em contato com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com parlamentares da comissão especial em busca de um consenso que favoreça as forças policiais. "O que nós queremos é consolidar essa decisão, que já conversei agora pouco com Rodrigo Maia, de modo que acertemos a questão das polícias militares, bem como da polícia federal e rodoviária", disse o presidente. Em cerimônia no Palácio do Planalto, ele fez também um apelo ao Poder Legislativo para que atenda às demandas das categorias policiais e ressaltou que elas não são privilegiadas. "A certeza é de que todos nós, todos sem exceção, contribuiremos para que, na questão fiscal, se busque uma solução para para que o Brasil saia da situação complicada em que se encontra", afirmou. Na noite de quarta-feira (3), após uma tentativa de acordo articulado pelo próprio presidente, a comissão especial da Câmara dos Deputados não chegou a um consenso com a categoria policial, que considerou as alterações insuficientes. Segundo relatos feitos à reportagem, interlocutores do governo entraram em contato já na noite de quarta com associações das categorias policias para tentar reduzir a resistência e viabilizar um acordo nesta quinta. O alívio na aposentadoria de categorias de segurança pública, em especial policiais federais, é um dos pontos que travam o avanço do projeto na Casa. O PSD, uma das maiores bancadas, não abre mão de fazer alterações que beneficiem o setor.   A proposta negociada nesta quarta com o relator do texto, Samuel Moreira (PSDB-SP), previa idade mínima de 53 anos para homens, e 52, para mulheres, da carreira de policial federal, policial rodoviário federal e polícia legislativa. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição), enviada pelo governo em fevereiro, criava uma idade mínima de 55 anos para homens e mulheres. Hoje, não há idade mínima para as categorias se aposentarem, mas apenas a exigência de 30 anos de contribuição, se homem, e 25, se mulher.  

Fonte: Folhapress