Evangelina Rosa passa por melhorias após interdição ética, diz diretor

O diretor geral da Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), Francisco Macedo, destaca que a continuidade da interdição ética na unidade estabelecida pelo Conselho Regional de Medicina no Piauí (CRM-PI) desde o ano passado tem provocado melhorias no local. O gestor comentou que a MDER é a única especializada em atendimento de alta complexidade no estado, sofre com problemas estruturais e a superlotação há anos, mas que esta realidade vem mudando aos poucos.

O diretor ressaltou que as dificuldades em atender todos os pré-requisitos apontados pelo CRM-PI para a melhoria na unidade decorrem do processo de licitação, que demora. "Mas, desde a primeira interdição ética (em 2018), nós ficamos em uma situação positiva porque a maternidade tem melhorado para atender a população". Macedo destacou que a falta de leitos e a superlotação na Evangelina Rosa é uma situação decorrente da rede de atendimento às gestantes no estado. "Nós somos um hospital de emergência, onde não podemos fechar as portas, somos obrigados a atender a todos. Não são todos os pacientes que vem regulados para cá". O gestor explicou que existe o paciente regular transferido de outros hospitais, mas, apesar de não ser todos, ajudou a reduzir um pouco a superlotação. No entanto, "a busca direta não pode ser deixada de atender, nem o baixo risco nem o médio risco. Quando a paciente chega à maternidade ela é classificada. Se for de baixo risco, a gente procura por meio da regulamentação uma vaga em outra maternidade, que possa atender. Quando as outras maternidades estão lotadas também nós somos obrigadas a atender na MDER".   Outros problemas A maternidade continua com problemas pontuais, apontou o diretor. "Quero dizer que a maternidade está bem melhorada e está abastecida, mas há alguns problemas pontuais quanto ao abastecimento devido o processo de licitação, que são demorados, mas resolvíveis".   "A grande problemática da maternidade é a estrutura, que não ajuda. Todos nós sabemos que é uma estrutura de guerra, que foi colocada para durar 10,12 anos, e está com 43. Essa situação só se resolverá definitivamente com a transferência da maternidade para a nova que está sendo construída, na avenida (Presidente) Kennedy. Ela será bem maior e melhor equipada".  Macedo disse que há obras emergências no prédio localizado na Avenida Higino Cunha, zona Sul de Teresina, sendo realizadas. Algumas reformas irá ampliar a quantidade de leitos. "Nós estamos com uma reforma sendo realizada por uma empresa terceirizada que beneficiará uma ala inteira do piso superior, a UTI neonatal, a UTI neomaterna, e a unidade de terapia intensiva convencional".  Outros processos licitatórios estão sendo finalizados para que seja permitido novas reformas na Maternidade Dona Evangelina Rosa.  Carlienne Carpaso carliene@cidadeverde.com