O calendário do futebol brasileiro é sempre muíto criticado por dirigentes, atletas e imprensa. Dizem que temos jogos demais e os profissionais não têm tempo de descanso entre uma partida e outra.
Foto - River AC
Os técnicos afirmam sempre que "não temos como preparar as equipes, por falta de tempo para treinos". Em meio à "maratona de jogos" como dizem, estão as viagens dentro de um País continental como o Brasil. Mesmo aqui no Nordeste existem dificuldades quando são misturados os campeonatos estaduais, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. E este ano a situação piorou com a paralisação de algumas competições. Estamos caminhando para 3 meses sem futebol. Semanalmente o Secretário Geral da CBF, Wálter Feldman, concede entrevistas à imprensa e nada acrescenta de novidade. Como diria o companheiro Salomão Viegas "a história é aquela mesma". E não dá mesmo para cobrar decisões do dirigente e da entidade, diante do quadro de saúde pública que permanece no País, em consequência do coronavírus. Segunda-feira já estaremos em junho e não vejo como tantos jogos serem realizados em tempo tão curto. Além das conclusões dos campeonatos estaduais, Copa do Nordeste, Copa Norte, Copa do Brasul, Copa Sul-Americana, Copa Libertadores da América, ainda teremos os Campeonatos Brasileiros das Séries A, B, C e D para serem iniciados. O mês de junho pode ficar para exames médicos, treinamentos, definição de elencos de jogadores e comissões técnicas. Futebol mesmo, valendo pontos, talvez a partir de julho. Haverá tempo para tantos jogos ? Claro que não haverá. Fala-se que a temporada de 2020 seria concluída em 2021. Não considero que seja uma boa ideia porque a próxima temporada já ficaria complicada também com a redução do número de datas, uma vez que o nosso calendário tem sempre as mesmas competições. Creio que o melhor mesmo seria a redução do número de jogos de 2020. A ideia, porém, certamente esbarra nos compromissos assumidos com patrocinadores e TV. Qualquer decisão ainda terá dificuldades na falta de colaboração de muítos representantes de clubes. Vários deles querem tirar proveitos da situação e não entram em acordo. Dídimo de Castro didimodecastro@cidadeverde.com