Sarau “O Poeta e sua Hora” retorna celebrando os grandes festivais

Fotos: Ascom

A 15ª edição de “O Poeta e sua Hora”, evento cultural que reúne artistas de várias áreas de Teresina, acontece nesta sexta-feira (30), a partir das 20h30. O evento é produzido pela Navilouca Produções, e acontece na residência da produtora cultural Soraya Guimarães, uma das idealizadoras do evento, no bairro Planalto Ininga. 

O sarau, assim como na primeira edição de 2020, no início deste mês, continuará relembrando em forma de música, representação, poesia e muito papo cultural os grandes festivais de música do Piauí e tem como tema “Caminhando e cantando”, em referência à canção de Geraldo Vandré, de 1968.

Caminhando e cantando e seguindo a canção. É com essa lógica que o evento promete relembrar músicas dos festivais que fizeram história em Teresina e revelaram vários artistas, porque é exatamente essa a proposta do O Poeta e sua Hora, fazer um mixe de nomes que criaram e ainda criam no campo das artes. A programação tem como artistas Feliciano Bezerra, Lucas Rolim, na percussão e poesia; Durvalino Couto, Kilito Trindade, Rubinho Figueiredo, na direção musical e bateria; Wellington Torres, no violão; Magno Aurélio, Duda Di, Agnes Moita, Chicão e Radiolagem com Galvão Júnior e Arimatan Martins.

Além de um dos criadores de O Poeta e Sua Hora, o músico Feliciano Bezerra vai também cantar algumas canções suas, como duas vencedoras do Festival Estudantil de Música Popular (FEMP), da UFPI, que são Mãe Inaê, campeã da edição 5 do evento, em 1985, e Coisa de Nego, música campeã na edição 6, no ano seguinte.

Feliciano disse que escolher Caminhando e Cantando como tema dessa edição é devido ser ela um ícone das lutas democráticas dos anos de 1970. “Essa canção poética é símbolo de toda uma luta e a gente quis retomar essa máxima como uma continuação desse ideal de transformação que a cultura pode proporcionar, por conta do seu alcance, de informar e trazer compromisso estético e, por que não, político”. Ele está correto, pois como disse Vandré, ‘quem sabe faz a hora, não espera acontecer’.

Na programação do sarau dessa sexta-feira, além da retomada dos festivais com seus autores e também com os intérpretes contemporâneos dessas músicas consagradas em Teresina, o público - restrito, devido às regras sanitárias impostas à pandemia -, poderá conferir uma exposição do legado desses festivais, como editais, imagens e letras datilografadas das músicas; já na parte final, mais música para os ouvidos, relembrando os festivais nacionais, como o da Record, Festival Abertura, MPB Shell, Festival Internacional da Canção, entre outros, sucessos dos anos de 1960 a 80.

Assim como acontece com os saraus, também se realiza em um espaço aberto, geralmente em uma residência. “A Soraya, o Arimatan Martins, o Feliciano e o Rubinho Figueiredo tiveram esse feliz ideia de realizar esse encontro e torná-lo um acontecimento das artes de Teresina. Homenageia também o escritor, jornalista e poeta piauiense de Teresina Mario Faustino, que escreveu ‘O Homem e sua Hora’, o que por si só torna o evento brilhante pela proposta do resgate da cultura piauiense, seja cantada, tocada ou representada neste evento”, destacou o ator, produtor e diretor de teatro e eventos, Francisco Pellé.

"Assim como Mario Faustino, um inventor, um pioneiro no seu próprio estilo poético, O Poeta e sua Hora visa uma similar proposta, reunindo artistas de gerações diferentes, buscando uma interação e, ao mesmo tempo, um espaço para, quem sabe, surgirem novas criações", ressaltou Pellé

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