A semana teve início com a paralisação de motoristas do Consórcio Theresina. Na manhã desta segunda-feira (11), os ônibus não saíram das garagens da Emtracol, situada na BR-343, na região do Grande Dirceu. A categoria alega descontos no salário de cerca de R$ 400. Não há previsão de retorno das atividades.
A paralisação atinge toda a região Sudeste que está sem ônibus. O consórcio é composto pelas empresas Emtracol, Theresina, Santa Cruz, Transfácil (Dois Irmãos) e Taguatur.
Além dos descontos salariais, motoristas e cobradores também cobram plano de saúde e ticket alimentação.
O Cidadeverde.com procurou o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) que informou que não responde por questões individuais.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), Ajuri Dias, informou que a paralisação é uma manifestação dos próprios trabalhadores e não tem participação do Sindicato.
Ajuri explicou que o Sindicato fechou acordo com a Prefeitura de Teresina, ano passado, com o acerto de pagamento do tíquete alimentação e do plano de saúde de não realizar greve ou manifestação.
“Fizemos o acordo e a Prefeitura está honrando. É uma manifestação encabeçada pelos próprios trabalhadores que estão indignados com a situação”, disse Ajuri.
Fotos: enviadas pelos trabalhadores
O presidente conta que o Consórcio Theresina, o maior da capital, está pagando por hora trabalhada como determinada a Medida Provisória do governo federal. Ajuri ressalta que a MP já deixou de valer e que a empresa tem que voltar a pagar o salário integral – R$ 1.941 – como determina a Convenção Coletiva.
“O Consórcio de empresas precisa voltar a pagar a integralidade da jornada de 7h20”, disse.
O presidente lembrou ainda que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou no julgamento do dissídio para os trabalhadores compensarem os dias de grave e que não houvesse desconto nos salários.
“Que houvesse compensação e não desconto. Muitas empresas estão mandando os trabalhadores para casa sem pagamento de férias. Isso é ilegal”, disse.
Graciane Sousa e Yala Sena redacao@cidadeverde.com