Funcionários do Bep podem perder metade do salário no BB

O sindicato dos bancários e servidores do Banco do Estado do Piauí fizeram uma reunião na manhã deste sábado (7) para discutir sobre o termo de migração proposto pelo Branco do Brasil aos bepistas que estão sendo incorporados. A categoria não concorda com a perda de vários benefícios que deve acontecer com o processo e calcula que alguns funcionários perderão cerca de metade do atual salário.

“Nós achamos que o regulamento do termo de migração está contemplando (nossos anseios). Não assegura as horas extras, as comissões e só dá direito ao anuênio. Muita gente vai perder salário de forma drástica”, afirma o presidente do sindicato, José Ulisses de Oliveira. Segundo ele, todos os funcionários do Bep estão há mais de 20 anos na instituição e acumulam pelo menos duas décadas de benefício que estarão perdidos.  

De acordo com Ulisses, a medida é uma forma de o Banco do Brasil pressionar os funcionários a adotarem o Programa de Demissão Voluntária (PDV). “A empresa quer tratar o empregado como um número, diminuir seu preço. Todos os funcionários migrados terão de começar com o salário inicial do Banco do Brasil. O termo de migração diz para renunciar a qualquer direito do Bep”, analisa o bancário. 

O Banco do Brasil incorporou o Banco do Estado do Piauí no dia 1º de dezembro de 2008 e tinha 90 dias para apresentar uma proposta de migração aos funcionários incorporados. Dos 193 funcionários que o Bep possuía, restaram aproximadamente 150 para fazer a migração. Segundo o sindicato dos bancários, o banco da União quer fechar três das sete antigas agências da instituição piauiense. “Somos também contra esse fechamento, queremos que sejam abertas novas agências. Vamos acionar o Ministério Público e a Justiça para atrás do direito do trabalhador”, garante Ulisses.   Carlos Lustosa Filho redacao@cidadeverde.com
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