Pela segunda vez o julgamento do ex-delegado Wendell Reis, acusado pela morte do comerciante Ricardo Seabra em dezembro de 2003, foi adiado. Nesta terça (31), o juiz Antônio Noleto declarou mais uma vez o atraso da sentença porque o então advogado do réu, Francisco da Silva Filho, abandonou o caso.

 

Francisco da Silva Filho, entrou no caso dia 18 de março e comunicou ao juiz no dia 25 que não teria condição de fazer a defesa porque não tinha conhecimento do caso. No dia 18, o juiz tinha pedido à defensoria Pública para nomear um defensor. O escolhido Juliano de Oliveira Leonel.  

 

Na última sexta (27), Francisco Filho procurou o juiz Antônio Noleto e informou que não participaria do julgamento e estava abandonando o caso porque não havia recebido seus honorários.   Advogado será indiciado através do artigo 265 do Código Processual Penal, que reza sobre a suspensão do processo. O promotor Plínio Fabrício (foto abaixo) orientou o juiz a pedir a multa de 10 a 100 salários mínimos. "Isso é um desserviço à sociedade e à Justiça. Isso é uma forma de desprestigiar o judiciário. Ele podia alegar tudo menos a falta de pagamento", afirmou Plínio.   Fotos: Caroline Oliveira/CidadeVerde.com   O Juiz Noleto afirmou que entrará com representação contra o advogado Francisco Filho no tribunal de ética da OAB. "Ninguém suporta mais isso. Tenho certeza que a OAB não comunga com este tipo de atitude. Seus diretores agem dentro dos parâmetros legais", afirma.   A tia da vítima Rejane Seabra, desabafou após a decisão do adiamento. “Toda a família quer justiça. O delegado Wendell já demonstrou que não tem boa índole mas continua sendo pago pela sociedade como delegado”, criticou. Familiares de Ricardo Seabra estiveram presente no julgamento vestindo camisas com sua foto.  

  O juiz Antônio Noleto garantiu que o julgamento será um dos primeiros do mês de abril mas ainda não tem data definida.     Flash de Caroline Oliveira Redação Carlos Lustosa Filho redacao@cidadeverde.com