Torcida invade hotel para tentar agredir jogadores do Chivas no México

This isn’t passion, it’s embarrassing. This match needs to be postponed. It is unsafe and bad representation of our team, our league and our fanbase. Nothing justifies adults throwing violent tantrums because their team isn’t performing well. It is never this serious. #chivas pic.twitter.com/V4h4RfV10J

— Meche ???????? (@Mercedesmej8) April 16, 2022

A situação do Chivas Guadalajara não está nada fácil no Torneio Clausura do Campeonato Mexicano, no qual ocupa somente o 15° lugar. Fora da faixa de classificação - avançam os 12 primeiros -, o clube ainda viu sua revoltada torcida protestar com violência no hotel onde o time se hospedou para o duelo deste sábado com o Cruz Azul, na Cidade do México. Os torcedores quebraram uma porta de vidro da concentração e tentaram agredir os jogadores.

Dezenas de torcedores cercaram a entrada do hotel com faixas, bandeiras e instrumentos musicais para protestar contra a má fase. "Deixem todos ir, que não fique ninguém", cantaram, reprovando o time montado para a temporada. Entre as tantas faixas, trouxeram "muito salário e poucos culhões".

Ainda exigiam que fossem atendidos pelo elenco. Os jogadores desceram até o saguão e dois se dirigiram até onde o grupo estava: o meia Beltrán e o zagueiro Briseño. A dupla tentou argumentar que fariam de tudo para dar a volta por cima.

"Isso é errado, eu sei como vocês se sentem indefesos, mas para nós é pior. Muitos de vocês mexem com nossas famílias. A gente tem medo até de sair na rua, a gente não sai mais, não faz nada. Eu sei que por esse escudo você mata, e eu também vou me matar em campo, é o que eu posso fazer. Com minhas limitações eu morro nos treinos, e posso te dizer que todos os meus companheiros fazem o mesmo", garantiu Briseño.

As justificativas parecem não ter sido aceitas e três mais esquentados queriam partir para a briga. Deixaram os demais ainda mais revoltados e, além dos tantos objetos atirados nos jogadores, ainda tentaram invadir o hotel. A segurança protegeu o time, que voltou para as dependências da concentração, mas uma porta de vidro foi estilhaçada enquanto o assustado grupo procurava se esconder.

Por causa da crise, o gerente de futebol do Chivas Guadalajara, Marcelo Michel Leaño, já havia sido demitido na quinta-feira. Os torcedores, porém, cobram uma reformulação da equipe.

A direção do Chivas soltou uma nota de repúdio aos atos de violência. "Fazemos um chamado energético e categórico: não à violência no futebol e em nossa sociedade. O ocorrido está noite (sexta-feira) no hotel de concentração na Cidade do México não representa nossa verdadeira torcida e se soma a série de atos de violência impulsionados por pseudo torcedores", trouxe parte da nota. "Tomaremos medidas definitivas para recuperar o ambiente familiar que nos foi tirado."

 

Fonte: Estadão Conteúdo