Vereadores admitem CPI da Saúde após interdição de hospital

Foto: Paula Sampaio

Vereadores de Teresina admitiram hoje (1º) a possibilidade de instalar uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) para investigar denúncias na Saúde. 

Em entrevista, o vereador Leonardo Eulálio (PL) avaliou que é inevitável que os parlamentares tomem uma atitude mais incisiva diante dos recentes acontecimentos vistos nos últimos dias na capital. 

“Já estamos conversando. Já é um entendimento de muitos vereadores, mas tem que ser uma decisão coletiva. A Câmara já tem se posicionado assim de forma coletiva, à exemplo da proposta orçamentária. A queda de diretoria, fechamento de hospital, falta de medicamentos e insumos é inevitável”, disse o parlamentar. 

Ontem (30) o Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) aprovou a interdição ética parcial do Hospital e Maternidade do Buenos Aires, na zona Norte de Teresina. Na semana passada, a Prefeitura de Teresina publicou a exoneração do direitor do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Fábio Marcos de Sousa, e de diversas gerências da Fundação Municipal de Saúde (FMS). 

A situação tem chamado atenção dos parlamentares. Uma audiência pública com a FMS está marcada para a próxima terça-feira (06). 

Neste momento, o presidente eleito Enzo Samuel (PTD) e os vereadores Luiz Lobão (MDB) e Leonardo Eulálio estão no Hospital do Buenos Aires verificando a situação da unidade. 

Vereadores visitam hospital 

O vereador Enzo Samuel criticou a Prefeitura de Teresina por deixar o hospital chegar a essa situação. Para o parlamentar, isso só comprova que os vereadores agiram corretamente ao fazer um remanejamento no orçamento 2023 para a área da saúde. 

“Quantas vezes o Dr Gilberto foi convocado naquela Casa para tratar de problemas da saúde. Tivemos recentemente a votação do orçamento no qual fizemos remanejamento de recursos para a área da saúde e a Prefeitura disse que não havia necessidade. Mas isso aqui hoje fica devidamente comprovado”, relatou o vereador.

Enzo Samuel frisou também que hoje a ideia da Câmara é sentar o quanto antes com o CRM, Ministério Público e Prefeitura de Teresina para resolver os problemas do hospital do Buenos Aires. 

“Porque um hospital como esse interditado que atende não somente a população do Buenos Aires, mas toda zona Norte de Teresina, quem vai sofrer é a nossa população que não tem condição de pagar por uma saúde privada”, completou Enzo Samuel. 

Paula Sampaio e Nataniel Lima  redacao@cidadeverde.com