Governo deve buscar operações de crédito para garantir investimentos, diz secretário

Ainda sofrendo os impactos nas receitas por conta das mudanças tributárias aprovadas em 2022, o Governo do Piauí irá buscar novas operações de crédito para manter os investimentos. De acordo com Emílio Júnior, secretário estadual de Fazenda (Sefaz-PI), essa é uma alternativa viável diante da queda de arrecadação própria.

"Ano passado, só com a fonte Tesouro o estado investiu R$ 500 milhões. Quando pega as operações de crédito, mais R$ 1,5 bilhão. A ideia é termos recurso do Tesouro, mas para esse ano foi fixado um valor menor por conta da realidade, mas o governador Rafael já determinou e com certeza vamos atrás de operações de crédito", pontuou o gestor. 

Devido a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para combustíveis, energia e comunicações sancionado, o Piauí deixou de arrecadar cerca de R$ 500 bilhões. A previsão da Sefaz-PI é que esse valor ultrapasse R$ 1 bilhão em 2023. 

Embora enfatize que uma das prioridades da atual gestão é manter o equilíbrio fiscal, Emílio Júnior reforça que outra preocupação é garantir novos investimentos importantes para o estado. “As vezes precisamos de um grande empreendimento de infraestrutura que naquele momento não é possível tirar do Tesouro, mas você faz uma operação de crédito que alavanca esse recurso e você vai pagando”, explicou. 

Por fim, o secretário enfatiza que a contratação de novos empréstimos não irá comprometer as finanças públicas. “O estado tem limite e capacidade de pagamento. O estado pode se endividar em até duas vezes a sua receita corrente líquida, e o estado hoje tem esse endividamento abaixo de 50% disso”, finalizou.

Breno Moreno redacao@cidadeverde.com