As marcas deixadas pelas águas que arrebentaram a barragem de Algodões I em Cocal e lavaram tudo o que estavam à sua frente talvez nunca se apaguem da memória de milhares de pessoas da localidade como a dona-de-casa Maria de Fátima Pereira. Ela perdeu duas de suas filhas durante o incidente que transformou a zona rural da cidade em um cenário desolador.   Como o acesso aos povoados ainda está difícil, somente aos poucos está sendo possível contabilizar o número de mortos. Até às 13h30 deste sábado (30) o governo do estado confirmava o óbito de sete pessoas: um adulto, dois idosos e quatro crianças. Entre elas, as irmãs Maria Alexandra Pereira, 16 anos e Francisca Maria Pereira, 10, filhas de Maria de Fátima. Abalada, a mãe das garotas teve de ser internada no hospital Joaquim Vieira de Brito, em Cocal.   Alexandra foi a sétima vítima encontrada. O corpo foi localizado pelos bombeiros com o auxílio do primo da jovem, Evaldo Pedro da Silva, de 22 anos. “Elas saíram para comprar bombril e quando desceram foram pegas de surpresa pela água”, descreve Evaldo. Bombeiros encontraram o corpo da prima pendurado em uma árvore em estado avançado de decomposição. O primo fez o reconhecimento.   Flash de Yala Sena (direto de Cocal) Redação Carlos Lustosa Filho redacao@cidadeverde.com