No PI, 250 alunos sem-terra ficam com aulas paralisadas

Yala Sena/Cidadeverde.com   Durante a ocupação pacífica do prédio do Incra em Teresina, integrantes do Movimento Sem-Terra - MST - reclamaram problemas no pagamento de professores dos cursos oferecidos em parceria com a Universidade Federal do Piauí - UFPI - e a Secretaria Estadual de Educação - Seduc. O Tribunal de Contas da União apontou irregularidades no projeto de cursos superiores e técnicos, e estudantes já próximos de concluir as aulas podem ficar sem o diploma.   Por conta da decisão do TCU, professores estão sem receber salários e bolsas, e as aulas de Arte e Educação, Técnico de Agricultura Familiar, Técnico de Saúde Comunitária, e Técnico Agrícola foram suspensas para 250 estudantes. Há inclusive uma turma do início do projeto, de 2005, que está no último período letivo.     O superintendente do Incra no Piauí, Evandro Cardoso, disse que o Incra está buscando entendimento com o TCU para que os alunos não fiquem prejudicados. A intenção é de que, mesmo que o projeto seja suspenso, os cursos já iniciados possam ser concluídos. "É um projeto importante e estratégico", descreveu o gestor, que considerou um baque a determinação do Tribunal.   Outra reclamação dos sem-terra foram quanto a demora nas casas que estão sendo construídas de forma considerada lenta. Evandro Cardoso explicou que o ritmo fica prejudicado por conta de fiscalizações e normas a serem seguidas. Ele relatou como exemplo as denúncias de desvio do material de construção. O Incra dá R$ 10 mil para a aquisição do material, que estaria sendo desviado para outros fins.   Em clima amistoso com os sem-terra, que contradiz com outras ações do MST, Evandro Cardoso considerou a mobilização legítima, inclusive na questão da recomposição do orçamento do Programa Nacional de Reforma Agrária - Pronera. Yala Sena (flash do Incra)Fábio Lima (da Redação)redacao@cidadeverde.com
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