Professores de escolas e faculdades particulares do Piauí farão paralisação e ameaçam greve

Foto: Arquivoe/Cidadeverde.com

Professores de escolas particulares e faculdades privadas do Piauí irão paralisar as atividades na próxima sexta-feira (4) e no sábado (5). A categoria reivindica, entre outras coisas, a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2023-2024.

Segundo Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Piauí (Sinpro-PI), a paralisação é uma resposta às propostas de acordo apresentadas pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado do Piauí (Sinepe-PI). 

“Nossa data base é maio. Desde março encaminhamos propostas e tentamos negociar com o sindicato patronal, mas até agora não conseguimos chegar a um entendimento porque eles sempre ficam querendo fazer redução de direitos”, afirma Marcelo Amorim, secretário-geral do Sinpro-PI. 

De acordo com os professores, os termos dos empresários para a assinatura da CCT são: a retirada da bolsa de estudo de 70% no ensino superior aos trabalhadores, dependentes e cônjuges; reajuste salarial abaixo da inflação, aumento da carga horária para mensalistas sem piso salarial e a não concessão de ticket alimentação aos auxiliares de educação. 

 

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“Conseguimos flexibilizar algumas coisas, mas eles procuram sempre reduzir direitos que já temos consagrados. Enquanto eles reajustaram as mensalidades de janeiro em média 10% nas escolas, nunca repassaram para a folha de pagamento, só repassaram a recomposição da inflação para a categoria”, afirma o sindicalista. 

Com o movimento, a categoria espera criar um canal de negociação com o Sinepe-PI e chamar a atenção da Justiça para a situação. Caso o impasse prossiga, a categoria não descarta deflagrar uma greve por tempo indeterminado. 

“A intenção do movimento de paralisação é nesse sentido, de que possamos entrar com o dissídio na Justiça ele seja aceito. Vamos ver qual vai ser o posicionamento da própria Justiça e na proporção dos próprios acontecimentos vamos fazendo essas diretrizes com o movimento”, concluiu Marcelo Amorim.

O Cidadeverde.com não conseguiu contato com a direção do Sinepe-PI, mas o espaço segue em aberto para eventuais esclarecimentos e posicionamentos a respeito das reivindicações apresentadas pelo Sinpro-PI.

Breno Moreno redacao@cidadeverde.com