Área de litígio entre Piauí e Ceará possui duas aldeias indígenas reconhecidas pela Funai

Foto: Reprodução/IPECE

Por Breno Moreno

A área de litígio territorial entre Piauí e Ceará possui duas aldeias reconhecidas pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), é o que mostra uma pesquisa socioeconômica realizada pela Procuradoria Geral do Ceará (PGE-CE). 

Segundo o estudo, as aldeias seria Cajueiro, localizada de Poranga, e Nazário, em Crateús, dois dos 13 municípios cearenses com territórios reivindicados pelo Piauí em processo demarcatório do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além dessas, a Funai também reconhece pelo menos outras três aldeias localizadas em regiões próximas à área de litígio entre os dois estados: Gameleira (em São Benedito), Umburana (em Poranga) e Mambira (em Crateús).

LEIA TAMBÉM:

Alvará de 1770 e até palavra do papa reforçam tese do Piauí em litígio com Ceará Estudo aponta que além do Piauí, Ceará também teria avançado em território de outros dois estados

Na ação ingressada no STF, o Piauí reivindica um território de 3 mil km² na divisa com o Ceará. Ao todo, a área abrange partes de 13 municípios cearenses: Carnaubal, Crateús, Croatá, Granja, Guaraciaba do Norte, Ibiapina, Ipaporanga, Ipueiras, Poranga, São Benedito, Tianguá, Ubajara e Viçosa do Ceará. 

No STF, o processo é relatado pela ministra Cármen Lúcia, que aguarda pela conclusão de um laudo territorial do Comando do Serviço de Cartografia do Exército Brasileiro e pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT). 

Sem áreas demarcadas no Piauí, 19 comunidades indígenas aguardam por titulação de suas terras