Seduckathon: escolas criam plataformas para melhor desempenho e incentivar leitura de estudantes

Fotos: Fernanda Ito Ota/Cidadeverde.com 

Por Rebeca Lima 

Uma das temáticas do Seduckathon, competição que vai premiar 30 estudantes e seis professores da rede estadual de ensino com um intercâmbio para os Estados Unidos e Coreia do Sul, são os processos de ensino e aprendizagem. Seguindo nessa abordagem, o Centro Educacional de Tempo Integral (CETI) Conselheiro Saraiva, da cidade de Batalha, está criando uma plataforma para incentivar a leitura dos alunos.

“O projeto que a gente está desenvolvendo se chama ‘Livrotec’. Ela é uma plataforma de incentivo à leitura porque a gente viu que no decorrer do tempo, os jovens estão se aprofundando mais nas tecnologias e deixando a leitura de lado, o que tem provocado uma grande dificuldade na evolução da leitura deles”, explicou o professor Mayke Lombardo.

O projeto, ainda de acordo com Mayke Lombardo, também será acessível.

“A plataforma está trazendo também uma acessibilidade para quem tem deficiência visual, justamente porque a bibliotecária dos alunos tem deficiência visual, então esse projeto abrange todos os requisitos”, acrescentou.

O professor destacou ainda que o principal desafio durante a competição foi o domínio dos alunos com a tecnologia.

“Os alunos não sabiam mexer no computador, então teve treinamento de digitação e eles estão construindo um projeto com cinco linguagens de programação diferentes. Eu fiquei espantado com o poder de absorção que eles tiveram para aprender”, acrescentou.

Já o Centro Educacional de Tempo Integral (CETI) Paulo Freire, no município de Guaribas (a 654 km de Teresina), desenvolve um projeto para aprimorar o ensino e aprendizagem dos alunos.

“O nosso objetivo é trazer uma plataforma educativa, tecnológica, que vem para aprimorar o processo de ensino e aprendizagem do aluno. Então vai ter uma área do aluno, onde o aluno vai se cadastrar e a plataforma vai propor um diagnóstico com perguntas e respostas e em cima disso, ela vai trazer um relatório sobre as dificuldades do aluno e em cima das dificuldades ela vai direcionar conteúdos de aprendizagem para melhorar essa lacuna que está faltando”, pontuou o professor Eraques Alves Folha.

Eraques Alves ressalta ainda que os integrantes da equipe estudaram o conteúdo de programação fora do horário das disciplinas escolares para superar as dificuldades com o assunto.

“O projeto surgiu rapidamente e os conteúdos da parte de programação a gente não tinha estudado ainda na escola e a gente teve que se preparar com conteúdos fora da sala de aula para que eles pudessem estar aqui representando a escola. Teve essa dificuldade inicial, mas os alunos conseguiram superar esse momento e estão aqui hoje nessa competição e esperamos estar entre os seis melhores”, finalizou.

A competição do Seduckathon começou pra valer nesta quinta-feira (25), quando os dez projetos serão executados, apresentados e aperfeiçoados a partir da análise técnica dos avaliadores.

Nesta sexta-feira (26), quatro times serão escolhidos para um intercâmbio de um mês em Massachusetts, nos Estados Unidos, e dois times irão para Seul, na Coréia do Sul. Os intercâmbios são frutos de parcerias realizadas pelo Governo do Estado, a partir das missões internacionais empreendidas aos Estados Unidos e Coreia do Sul.

Leia também: 

Equipe cria plataforma para receber denúncias de bullying e assédio em escolas Escolas desenvolvem aplicativo para monitorar rota do transporte escolar Estudantes da rede pública iniciam final de torneio que vai escolher intercambistas para o exterior Equipe desenvolve ferramenta para controlar fila de refeitório Projetos usam tecnologia e IA para facilitar o ensino de alunos com transtornos e deficiência