Membro do Conselho de Ética, Júlio Arcoverde vota a favor de processo contra Chiquinho Brazão

Foto: Arquvio Cidade Verde

Por Paula Sampaio

Membro do Conselho de Ética da Câmara Federal, o deputado Júlio Arcoverde (Progressistas), votou a favor do pedido de cassação do também deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).

Dos 18 parlamentares que fazem parte da comissão, apenas um votou contra a continuidade do processo: Gutemberg Reis (MDB-RJ), natural de Xerém, em Duque de Caxias (RJ).

Chiquinho Brazão está preso desde 24 de março sob acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

O Conselho de Ética da Câmara é o órgão responsável por analisar condutas de deputados que colidem com o decoro parlamentar.

Chiquinho Brazão participou da sessão por meio de teleconferência e voltou a dizer que é inocente.

Além de Brazão, estão presos por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal) o seu irmão, o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio Domingos Brazão, e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio.

Em abril, o plenário da Câmara decidiu manter a prisão do deputado, por 277 a 129 votos.

No dia seguinte à prisão do deputado, a bancada do PSOL na Câmara protocolou no Conselho de Ética a representação por quebra de decoro parlamentar. "O autor intelectual da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes não pode estar como representante da Câmara dos Deputados. Sua cassação é urgente e sua presença, uma vergonha para a Casa", dizia o documento.

Caso o Conselho referende o parecer da deputada do PT, o processo segue no Conselho, que dá um parecer sobre o caso, que pode ser pela cassação do mandato, por uma punição mais branda, como suspensão ou advertência, ou pelo arquivamento.

A palavra final é sempre do plenário da Câmara, composto por 513 deputados, que pode seguir ou não a recomendação do conselho.

 

Com informações da Folhapress