Professores e técnicos do IFPI e da UFPI em greve protestam na Avenida Cajuína e interditam via parcialmente

Por Roberto Araujo 

Os professores e servidores técnicos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e do Instituto Federal do Piauí (IFPI), que estão em greve, participam na tarde desta terça-feira (4) de um protesto na Avenida Cajuína, no bairro Noivos, zona Leste de Teresina.

O protesto acontece na data da abertura do VI Simpósio Nacional de Educação (Sined), que acontece no auditório do Sesc Cajuína. O evento é promovido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), com previsão de participação do ministro da Educação Camilo Santana.

Segundo apurado pelo Cidadeverde.com, o ministro cancelou sua participação no evento. 

Por volta das 17h10, os servidores interromperam uma parte da via, mas logo a avenida foi liberada. 

Professora do IFPI em Cocal, Alexandrina Rocha, diretora do SINDIFPI, disse que o protesto unificado objetiva reivindicar as pautas comuns entre os servidores.

“Nossas pautas são praticamente iguais, que é o reajuste salarial, a recomposição, que é a questão do orçamento, porque a gente tem pouco orçamento, né? O orçamento foi cortado ao longo desses anos e também a questão do revogaço de algumas medidas que estão impactando na função do professor, e tem as pautas dos técnicos, com a recomposição salarial”, disse.

Os professores e servidores técnicos administrativos do IFPI estão em greve há pelo menos 50 dias. Os servidores da UFPI também estão em greve desde março. Já os professores da UFPI, aderiram ao movimento nacional há uma semana.

Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

A servidora Vanessa Castelo Branco, que faz parte do comitê de greve dos servidores da UFPI, conta que as reivindicações da categoria não estão sendo atendidas pelo governo e que a última proposta do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) foi rejeitada. 

“Na última mesa de negociação específica, temporária que foi a quinta mesa do MGI, nós não tivemos um avanço significativo pra categoria. Governo deu um aumento apenas de 5,5% de reajuste pra 2026. Ou seja, antes era 3,5 e foi pra 5,5. Então há um reajuste ínfimo que não supre os interesses da categoria.  (…) Então, essa proposta do governo foi pras bases, pros sindicatos de cada estado e a gente votou reprovando essa proposta do governo”, disse.

A servidora citou que outra mesa de negociação está marcada para o próximo dia 11, terça-feira da semana que vem.