Enfermeira piauiense morta em Fortaleza pode ter sido vítima de queima de arquivo, diz polícia

Foto: Reprodução / Redes sociais

A morte da enfermeira piauiense Jandra Mayandra da Silva Soares, de 35 anos, assassinada a tiros no dia 15 de maio em Fortaleza, capital do Ceará, pode ter relação com processo de que envolve a Fundação Leandro Bezerra de Menezes, órgão onde a enfermeira trabalhou. A suspeita da polícia é que o homicídio teria sido a solução encontrada para silenciar a vítima.

Segundo a investigação da polícia, a enfermeira começou a ser seguida pelos atiradores quando saiu do Hospital Dr. Osvaldo Cruz (HDOC), onde ela trabalhava no Centro da capital cearense. A profissional foi morta na Avenida Presidente Castelo Branco, no bairro Pirambu, cerca de cinco quilômetros do hospital em que trabalhava. No relatório de investigação, a polícia diz que o crime foi executado por matadores profissionais. 

“Os assassinos seguem a vítima desde sua saída do Hospital HDOC, e após execução, voltaram pela Avenida Presidente Castelo Branco e entraram na Avenida Jacinto Matos, em direção ao Centro. Os disparos foram efetuados, exclusivamente, em direção à JANDRA MAYANDRA, e os tiros foram agrupados. Não foram encontrados estojos de munições nas proximidades do local do crime, muito embora as informações colhidas através de populares davam conta que o atirador utilizou uma pistola, arma que extrai os estojos, e com os quais poderiam identificar a origem da munição, rastreando o lote de fabricação e sua distribuição", diz o relatório. 

O delegado que conduz a investigação pediu à Justiça a quebra do sigilo telefônico de um ex-colega de trabalho da enfermeira. O homem teria atuado como diretor da Fundação Leandro Bezerra de Menezes. Ele já foi ouvido pela polícia, que acredita haver inconsistências em seu depoimento. O homem também já sofreu busca e apreensão em sua residência e no seu local de trabalho. 

A quebra do sigilo telefônico foi autorizada pela Justiça e, agora, a polícia vai buscar no aparelho do investigado informações que possam ligá-lo ao crime.

Em 2023, Jandra registrou um boletim de ocorrência, por ameaça. À época, a enfermeira informou à polícia que foi ameaçada nas redes sociais por uma profissional terceirizada de um hospital que alega que a atuação da enfermeira teria resultado em sua demissão.

Leia também

Enfermeira piauiense é morta a tiros em briga de trânsito na cidade de Fortaleza Enfermeira piauiense morta no CE havia prestado queixa por ameaça Familiares de enfermeira piauiense morta em suposta briga de trânsito no Ceará cobram justiça Policiais suspeitos de participação no assassinato de enfermeira piauiense são soltos em Fortaleza