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As empresas interessadas em participar do leilão dos contratos de concessão para gestão dos serviços de operação, manutenção e exploração dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário nos municípios da Microrregião de Água e Esgoto do Piauí (MRAE) entregaram hoje (09) os envelopes com propostas para os lotes que desejam explorar. O governo espera lances mínimos de R$ 1 bilhão. 

A entrega dos envelopes encerrou ao meio-dia na sede da B3, na Bolsa de Valores em São Paulo (SP). Na próxima quarta-feira (14), os envelopes serão abertos e os vencedores do leilão serão conhecidos. As empresas vencedoras poderão explorar o serviço por 35 anos.

A MRAE une as 11 microrregiões do Piauí para se adequar ao Novo Marco Legal Regulatório do Saneamento Básico, que estabeleceu metas para a universalização do acesso água potável e viabilizar coleta de esgoto a 90% da população até 2033. No Piauí, 10% da população têm acesso ao esgotamento sanitário e 68% ao abastecimento de água. O investimento necessário para o Piauí atingir as metas definidas no Marco Legal é estimado em R$ 10 bilhões.

Urbanitários fazem protesto

Foto: Adriana Magalhães/Cidadeverde.com

No Centro de Teresina, diversas entidades, mobilizadas pelo Sindicato dos Urbanitários do Piauí, realizaram protesto contra o que eles chamaram de "privatização dos serviços de saneamento básico" nos municípios piauienses.

"Somos contrários à privatização de serviços essenciais. Experiências em países europeus, países ricos, mostram que esse tipo de contrato não é benéfico para a população. O povo não aguentou o aumento da tarifa e a precarização dos serviços. E aqui no Piauí, que tem 54% passando fome e 68% no Cadastro Único do Governo Federal, esse processo é ainda mais caótico", alerta Francisco Marques, presidente do Sindicato dos Urbanitários.

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