Piauiense Adriana Silva faz história e conquista medalha de prata no futebol feminino

Atualizada 15h29

A atacante Adriana Silva conquistou a medalha de prata no futebol feminino e entrou para o grupo de piauienses medalhistas olímpicos. A camisa 9 da Seleção Brasileira é natural de União, cidade localizada a 59 quilômetros de Teresina, e por lá deu os primeiros passos no futebol.

Adriana "Maga" como é conhecida por aqui, começou a jogar em 2012 na escolinha do São Paulo. Depois defendeu outros dois times no Piauí, o Flamengo do Piauí e o Tiradentes, quando foi descoberta pelos grandes times de futebol feminino do país e foi convidada a defender o   Rio Preto e, posteriormente, Corinthians, equipe com a qual conquistou um título nacional. Hoje, Adriana joga nos Estados Unidos, onde defende a camisa do Orlando Pride. 

Em 2020, Adriana foi convocada para integrar a equipe que defendeu a "amarelinha", em Tóquio, mas uma lesão adiou seu sonho olímpico. Agora a piauiense colocou uma medalha de prata no peito de todos os piauienses.

A família de Adriana se reuniu em União para acompanhar a partida final dos jogos olímpicos. O ouro não veio, mas por lá sobram amor e orgulho por essa "filha do Sol do Equador".

Piauienses medalhista olímpicos

Zé Maria (futebol) – Atlanta 1996 Claudio Roberto (atletismo) – Sydney 2000 Sarah Menezes (Judô) – Londres 2012 Rômulo (futebol) – Londres 2012 Adriana Silva (futebol) – Paris 2024

Brasil encerra campanha histórica em Paris com prata no futebol feminino

Não faltaram dedicação e suor. Nos Jogos Olímpicos das mulheres, as do futebol feminino defenderam com garra a oportunidade construída. Após duas vitórias heroicas no mata-mata, o grupo repetiu neste sábado, no Parque dos Príncipes, o melhor resultado da história do nosso futebol feminino. Dezesseis anos depois da última final, novamente conquistamos a prata, a 19ª medalha do Brasil em Paris 2024.

A medalha foi forjada numa classificação dura na fase de grupos, seguida por triunfos maiúsculos sobre a França, nas quartas-de-final, e sobre a atual campeã mundial Espanha, com direito a goleada nas semifinais. Na decisão, melhor para os Estados Unidos, agora pentacampeões olímpicos, por 1 a 0, gol de Mallory Swanson.

Agora o Brasil soma 10 medalhas no futebol olímpico. Além da prata desta edição, as mulheres foram vice-campeãs em Atenas 2004 e Pequim 2008. O masculino, que não se classificou para estes Jogos, soma sete, sendo campeão na Rio 2016 e em Tóquio 2020.

Brasil tem as melhores chances do 1º tempo

O Brasil começou com a mesma postura que apresentou diante da Espanha, pressionando a saída de bola americana. A primeira finalização, após uma roubada de bola, veio dos pés de Ludmilla. Os Estados Unidos não se encolheram e também passearam pela nossa área com perigo. Aos 15, Ludmilla invadiu a área em jogada individual e marcou, mas o lance foi corretamente anulado por impedimento.

As americanas tentaram surpreender com transições rápidas e encontraram espaço na nossa defesa. Em duas cobranças de escanteio tentaram cobranças direto para o gol na esperança de o sol ofuscar a visão de Lorena. Do lado brasileiro, as oportunidades foram empilhadas.

Houve queixa de pênalti, jogadas por ambos os lados e boas construções coletivas. Por duas vezes Ludmilla triscou de cabeça e quase marcou. Nos acréscimos, Gabi Portilho obrigou Naeher se esticar toda para manter o placar zerado. Foram várias bolas cruzando a área americana. Faltava alguém empurrar para o gol.

Contra-ataque fulminante adia sonho do ouro

Na volta do intervalo, o jogo recomeçou truncado, e Yaya precisou ser substituída por Ana Vitoria. Aos 11 minutos, após passe errado de Lauren, um banho de água fria. Em contra-ataque fulminante, no limite do impedimento, Mallory Swanson invadiu a área e abrir o placar para os Estados Unidos.

Arthur Elias colocou em campo Angelina, Priscila e Marta nas vagas de Duda Sampaio, Ludmilla e Jheniffer. Os EUA cresceram em espaços que se abriram no meio e pressionaram a meta brasileira.

Após a pausa para a hidratação o Brasil ensaiou uma postura mais ofensiva, mas Lorena foi a goleira que seguiu trabalhando mais. Arthur Elias fez a última substituição com Rafaella no lugar de Lauren. Marta teve chance na bola parada, mas a oportunidade mais perigosa, uma cabeçada de Adriana, parou na boa defesa de Naeher. A seleção acreditou, lutou, mas o placar permaneceu igual. Ainda assim, o pódio era motivo de muito orgulho. Dezesseis anos depois, a seleção feminina de futebol retornou ao pódio olímpico.