Teresina 172 anos: bioeconomia transforma e cria materiais de baixo impacto ambiental

Fotos: TV Cidade Verde

A união entre recursos biológicos, como plantas e microrganismos com tecnologia e inovação, é capaz de criar materiais de baixo impacto ambiental e alto poder econômico e social. Ganhando cada vez mais espaço e importância em Teresina, a bioeconomia traz técnicas inovadoras aliadas a métodos antigos de valorização e transformação natural. 

Na capital, Felipe Fabrício Siqueira, do Instituto Federal do Piauí (IFPI) e Renato Corse da Universidade Federal do Piauí (UFPI), fizeram uma descoberta após 15 anos de pesquisa com o miolo do talo da palha do buriti.

Os doutores em engenharia transformaram a matéria prima em peças de isolamento térmico e condicionamento acústico. A descoberta pode ser aplicada em salas de aula, restaurantes, bares, auditórios, e outros espaços com aglomeração de pessoas e ruídos.

“A gente tem esse interesse em dar valor ao que geralmente é descartável e não tem valor agregado, porque trazemos renda extra para população e mostramos que a floresta do buriti tem um maior valor em pé”, disse Renato Corse.

As sobras dos alimentos também são uma fonte de riqueza, quando usados para compostagem. Lígia afirma que a compostagem é a reciclagem dos resíduos sólidos e tudo que é orgânico pode ser reutilizado como guardanapos de papel usados, palitos de dente, palitos de picolé e até mesmo mechas de cabelo.

O processo leva cerca de 30 dias e utiliza, em alguns casos, folhas secas e material orgânico que se transformam em adubo.

“Pesquisas indiciam que a metade do lixo consumido diariamente é lixo orgânico, então é resíduo orgânico. Então você tratou a metade se você faz a compostagem. Agora imagina isso em uma casa, imagina isso no lixão. São toneladas e a metade daquelas toneladas são resíduos orgânicos que poderiam estar sendo trabalhados”, afirma.