Niède contesta protesto para transferir curso do Piauí

A presidente da Fundação Museu do Homem Americano - Fundham -, Niède Guidon, divulgou nota rebatendo as declarações do professor Celito Kestering, que cogitou a saída do curso de Arqueologia da Univasf - Universidade do Vale do São Francisco - de São Raimundo Nonato/PI para Petrolina/PE. Ela contestou os argumentos do docente e disse que não há motivos para a troca.   Fotos: Yala Sena/CidadeVerde.com   "Suas declarações são falsas, ou porque ele não entendeu a questão do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia ou por pura má fé. Eu fui duas vezes à UNIVASF, uma primeira vez, no inicio do mês, quando expliquei aos professores o que significa esse Instituto e, novamente, quando da reunião com o Deputado Paes Landim. O Prof. Celito Kestering, juntamente com o Prof. Mauro Alexandre Farias Fontes vieram me procurar e declararam (como o fizeram aliás na reunião com o Deputado Paes Landim) que somente fizeram esse baixo assinado para chamar a atenção da Reitoria", disse Niède. Matérias relacionadasLeia na íntegra os documentos enviados por Niède Guidon Univasf ameaça deixar PI por ficar fora Instituto Curso de Arqueologia pode ser transferido de São Raimundo Nonato Na extensa nota, a arqueóloga explica que o Instituto é aberto para pesquisas de qualquer estudioso brasileiro da área, desde que mediante apresentação de projeto a ser avaliado. Segundo ela, a Univasf não faz parte do grupo inicial de pesquisadores porque só dois professores desenvolvem projetos na região atualmente, e os demais não apresentaram projetos para serem aprovados.   "Na realidade, o que acontece é que esses professores que desejam ir para Petrolina, não têm nenhum projeto, não se interessam pela pesquisa. Eu, que lutei para que a UNIVASF criasse o curso de arqueologia nesta cidade, pensei que, ao se instalar aqui, eles viriam me procurar, mostrando seus projetos, pedindo nosso auxílio para poder executá-los. Na realidade, vários deles vieram me procurar, foram financiados pela FUMDHAM, mas somente para fazer a pesquisa para seus mestrados e doutorados. Assim que conseguiram o título deixaram de fazer pesquisas", contou.   Niède Guidon ainda questiona a escolha de Petrolina como sede para a mudança forçada pela suposta falta de condições. "Em Petrolina existem sítios arqueológicos, paleontológicos? Existem sítios com arte rupestre? Ou imensas plantações de frutas? E um aeroporto com 3 voos diários para Recife!", completou.   Além da nota, Niède enviou ofício ao reitor da Univasf com mais argumentos que contestam a reclamação dos professores.   Fábio Lima (colaboração do Sãoraimundo.com)fabiolima@cidadeverde.com
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