“Que te seja dado viver numa época de mudanças”. É citando a frase de Confúcio, que o empresário José Cerqueira, diretor da Med Imagem iniciou sua palestra “Inovação e ousadia: uma receita saudável para o crescimento empresarial” no Fórum Piauí que Trabalha. O palestrante mostrou estratégias necessárias não só para a expansão mas também para a manutenção de um negócio e destacou que a burocracia e a falta de qualificação são os grandes desafios para a inovação.   Fotos: Carlos Lustosa Filho/CidadeVerde.com   Cerqueira explica que desde os tempos mais antigos há uma preocupação com a necessidade de inovar. "Até o século XVIII foram criadas apenas oito grandes invenções (o vidro, o trem, o dinheiro, a imprensa. A maioria delas surgiu no último século", pontua. O palestrante afirma que nenhuma invenção seria possível sem uma ruptura com o seu tempo. "É preciso romper com as tradições. Inovar é uma ousadia porque a mudança é isso: causa desequilíbrio e ele leva ou a uma queda ou a um novo equilíbrio. o fato é que nada será como antes", diz.  

As novas ideias têm de trazer para os empresários necessariamente uma economia de tempo, a redução do esforço e uma melhoria de preços e estas iniciativas não surgem de uma hora para outra. "Inovar é uma prática contínua, constante, contagiante e viral. Não é um método, uma forma de ver. É uma atitude de correr riscos, é foco, perseverança, inconformismo", aconselha Cerqueira

Para o empresário, bem sucedido em seus negócios, os maiores empecilhos para a inovação estão na burocracia do Estado e a falta de mão-de-obra qualificada. "Quando você quer comprar um terreno por exemplo, você precisa de certificado do Meio Ambiente, dos Bombeiros. Há normas e fiscalizações que destroem a vontade do empresário de fazer coisas novas. É desestimulante. Também é preciso um desenvolvimento cultural. Temos uma formação deficiente. Precisamos de mais técnicos e pessoas especializadas", avalia. Entretanto, Cerqueira é otimista e afirma que a economia brasileira nunca esteve tão aquecida e convidativa. Ele crê que quando essas barreiras forem rompidas o Brasil despontará definitivamente como uma potência econômica.

Carlos Lustosa Filho redacao@cidadeverde.com