Caroline Oliveira/Cidadeverde.comMoradores do Renascença III, que moram nas proximidades da Avenida Noé Mendes, mais conhecida como Avenida das Hortas ou "da Morte", presenciam mortes constantemente. Revoltados, ontem fizeram uma manifestação e começaram a quebrar o asfalto, em protesto contra a falta de sinalização e de medidas que façam os motoristas andarem em baixa velocidade.

O ato foi bloqueado pela polícia, que ameaçou prender os manifestantes. Os moradores reivindicam instalação de lombadas, principalmente no trecho que compreende os conjuntos Monte Horebe e Bom Sucesso. Segundo o comerciante Washington Luíz Vieira, em 9 anos 20 pessoas morreram no trecho.

A principal reivindicação são as lombadas porque os carros passam em alta velocidade, principalmente a noite. "Em 2004, um casal morreu em frente a praça. Ela era enfermeira. A população se revoltou. A Strans instalou um redutor de velocidade fixo, mas pouco tempo depois a licitação acabou e o redutor foi retirado. Não adianta colocar redutor móvel, porque eles só ficam durante o dia e os acidentes acontecem mais à noite", disse.

A última morte neste trecho aconteceu na segunda-feira passada, em frente a uma padaria. Um homem foi atropelado. Ontem vários manifestantes começaram a quebrar o asfalto.

A polícia chegou e ameaçou levar todos presos caso continuassem. "Eu não quero cometer crime, mas também não quero que niguém morra, nem eu, nem meus filhos, nem meus clientes. Todos precisam atravessar a avenida", reclamou.

A população fez um abaixo assinado com mais de 200 assinaturas solicitando as lombadas. Nessa região moram cerca de 10 mil pessoas.O comerciante pede que as autoridade de trânsito se sensibilizem e dá um prazo de 8 dias para que isso ocorra. "E se não acontecer, podem chamar a polícia para me prender porque eu vou juntar a população para quebrar o asfalto novamente", ameaçou.

Flash de Caroline Oliveira (do local)Redação de Leilane Nunesredacao@cidadeverde.com