Confederação Brasileira de Futsal condena quadra do Ginásio Verdão

Quando perguntado sobre o Verdão, o presidente da Federação Piauiense de Futebol de Salão, Marcus Said [foto abaixo], é rápido: "Ninguém quer mais jogar lá". O motivo é óbvio. O piso de madeira castigado pelas goteiras do maior ginásio do Piauí foi rejeitado de vez após a morte do jogador Robson, atingido por um pedaço de madeira da quadra no interior do Paraná no último fim de semana.

Interditado parcialmente pelo Ministério Público, o ginásio teve seu piso condenado por técnicos da Confederação Brasileira de Futebol de Salão, que haviam programado a Taça Brasil Feminina de Clubes da 2ª Divisão para Teresina. Três horas antes dos jogos de segunda-feira, a vistoria determinou a mudança de local. Times de Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Piauí, Acre, e Roraima jogam até domingo no Gabriel de Macedo, em Timon.Fábio Lima/Cidadeverde.com

"Não havendo condições, se transferiu. A Confederação se preocupa com a integridade do atleta, ainda mais depois da fatalidade que ocorreu no Paraná", disse Marcus Said, que já perdeu até amistosos da seleção brasileira em Teresina por falta de locais adequados para receber os jogos. Problema que é comum a outras modalidades de quadra.

Valter da Costa Carmo veio de São Paulo para representar a Confederação Brasileira no torneio em Timon, e reforçou as palavras de Said. "Essa preocupação já é praxe. As adversidades lá (no Paraná) foram uma questão sui generis", relatou. O diretor da CBFS explica que goteiras nos ginásios inflam a madeira da quadra, e os pregos ficam expostos mesmo depois da mesma recolocada.

Anunciada, adiada, e aguardada, a reforma completa do Verdão deve custar mais de R$ 1 milhão. Nos últimos quatro anos, o ginásio foi pintado e sofreu uma limpeza geral, com conserto das goteiras. Mas o tempo já se encarregou de trazer de volta os problemas.

Fábio Limafabiolima@cidadeverde.com