O sexteto instrumental composto pelo violão, o bandolim, a flauta, o violão de sete cordas, o cavaquinho e o pandeiro faz do Choro um gênero musical tipicamente brasileiro querido pelos amantes da gostosa sonoridade há mais de 130 anos. E é para comemorar o Dia Nacional do Choro que o Palácio da Música abrirá suas portas nesta sexta-feira, 23, a todos aqueles que quiserem curtir o bom e velho chorinho. O evento terá início às 20h, com entrada franca.

A ocasião será marcada pela participação do grupo Pintando o 7 no Choro, juntamente com as presenças especialíssimas de Josué Costa, Sérgio Matos, Ivan e Tarcisio Vilarinho. Os chorões, como são chamados os músicos desse gênero, lançarão mão de um variado repertório, bastante conhecido pelos apreciadores do samba e da MPB, com o objetivo de tornar a noite de sexta-feira uma bem-vinda homenagem a um estilo musical genuinamente nosso. Tanto que é considerado a primeira música popular urbana típica do Brasil.

Considerado de difícil execução, o Choro surgiu no Rio de Janeiro por volta de 1870, sendo na época apenas uma forma abrasileirada com a qual os músicos daqui tocavam os sucessos estrangeiros. A reunião dos instrumentos característicos demorou algumas décadas para acontecer e oficializar o Choro como um gênero musical propriamente dito. A origem do nome Choro possui suas controvérsias: por um lado, pode ter vindo da maneira chorosa como se tocavam no Brasil as músicas de fora no final do século XIX, e por outro pode também ter derivado do “xolo”, tipo de baile que reunia os escravos das fazendas.

Seja como for, o fato é que um choro bem chorado não deixa resquícios de tristeza. Sexta-feira, no Palácio da Música, o virtuosismo dos chorões inundará todos os corações e ouvidos com a mais cativante harmonia.

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