Grupo baiano faz demonstração de trabalho em Teresina

Durante toda esta semana o grupo baiano Oco Teatro Laboratório estará em Teresina para a turnê Clássicos Teatrais do Nordeste. O projeto, vencedor do edital Jurema Pena da Funceb (Fundação de Cultura da Bahia), inclui, além de apresentações de espetáculos e oficinas de teatro, uma demonstração de trabalho dos atores. Público e profissionais da área podem conhecer, então, como acontece a preparação corporal e a interação que precede a montagem de uma peça.

Durante uma hora ininterrupto de treinamento, são demonstrados exercícios fincados sobre bases de esquemas e arquétipos: A Dança do Vento (Passo ternário que visa desenvolver o jogo e circulação de diferentes energias no corpo-espaço do ator), Slow Motion (Movimento lento), Samurai e Gueixa (a partir dos modelos orientais recriar os modelos), desequilíbrio (trabalho com o equilíbrio precário, queda e recuperação),  fragmentação (corpo que move de cada vez uma articulação do corpo),  resistência (o corpo do ator se movimenta pelo espaço colocando resistência num único ponto do corpo de cada vez) e Velho (é a recuperação através da energia de uma pessoa idosa).

A demonstração do grupo Oco acontece na próxima sexta-feira (11) na Escola de Teatro Gomes Campos, localizada na rua Beijamin Constant próximo ao ginásio Verdão, a partir das 16h.

O Oco também traz à Teresina 2 espetáculos que serão apresentados no Teatro Municipal João Paulo II nos dias 12 e 13 de junho. “Branca” e “Os sonhos de Segismundo” mesclam elementos da cultura popular nordestina com clássicos da dramaturgia brasileira e mundial.

 

O grupoOco Teatro Laboratório é um grupo de teatro que surgiu em 2003 pela necessidade de desenvolver uma estética teatral baseada na Antropologia Teatral. Foi concebido como um Núcleo de Pesquisa Teatral encarregado de ministrar cursos e palestras em diversos estados, cidades brasileiras e no exterior e de reciclar-se em eventos internacionais sediados por universidades renomeadas e grupos de sólida formação.

O trabalho do grupo é baseado em uma estética que valoriza o conceito do espaço oco, o espaço vazio que é preenchido pelo ator na sua representação, explorando um conceito minimalista na encenação.