Durante a Copa do Mundo da África do Sul e até mesmo na fase de convocação de jogadores e início de treinamentos fizemos uma série de comentários a respeito do comportamento de nossa imprensa esportiva,com bastante intensidade. E seguindo a mesma linha, abordamos temas relacionados aos campeonatos estaduais e ao Campeonato Brasileiro.Recentemente recebemos um e-mail do Haroldo P. Barboza, Vila Isabel-RJ, autor do livro Brinque e cresça feliz, do qual destacamos o seguinte:- Para conseguirmos alguma mudança em qualquer área social, é preciso que o clamor público seja conduzido pela imprensa sadia unida, para que os dirigentes que dão as canetadas nos escutem. Por isso estamos lhe enviando este texto bem como a outros colegas com preparo profissional similar e com credibilidade equivalente junto ao público que os acompanha por vários anos através de seus poderosos veículos de contato.- Mesmo que você seja mais jovem do que eu, certamente já teve a felicidade de assistir exibições de alto gabarito do futebol brasileiro em nossos estádios. Algo que era corriqueiro até o final da década de 80 e só resgataremos com a manutenção de nossos melhores jogadores em nosso território e algumas mudanças de comportamento por força de lei ou pressão da mídia.Haroldo P. Barboza relaciona alguns fatos que considera determinantes para a decadência do futebol brasileiro, como:- redução dos espaços para as peladas, a condição física permitindo que os defensores provoquem trombadas contra os atletas mais técnicos, árbitros despreparadores que não inibem  com rigor as jogadas mais violentas,  jogadores deslumbrados com a ascensão meteórica se desgastando em  noitadas, contratação de jogadores em fim de carreira que os estrangeiros não desejam mais,  táticas e estratégias voltadas para a defesa, legislação benevolente com empresários e procuradores que forçam contratações visando apenas os seus lucros pessoais.Haroldo P. Barbosa ainda relaciona motivos para o afastamento dos torcedores dos estádios, tais como:- Datas e horários inadequados para os jogos, com alguns terminando às 23h55; falta de segurança nos estádios e adjacências: desconforto dentro e fora dos estádios; assentos sujos e quebrados; sinalização e iluminação deficientes; banaheiros sem água, sabão e  papel higiênico; bares com alimentos de origem suspeita; transporte inadequado; custo do espetáculo.Haroldo P. Barboza diz ainda que "nossa Seleção só tem sido formada por atletas que residem fora do País, não temos oportunidade de assistir os melhores em nossos campos. Somente assinantes de TV a cabo desfrutam de tais jogos".E concluiu Haroldo P. Barboza:- Uma cruzada comandada por jornalistas sérios, competentes e preocupados com o futuro do nosso esporte preferido, com certeza terá sucesso garantido e agradecimento dos fãs do tão decantado "futebol-arte", além de alargar os horizontes profissionais para diversas categorias.Nossos agradecimentos ao Haroldo pela atenção ao nosso trabalho e pelas importantes observações feitas, tendo como foco o momento vivido pelo futebol brasileiro.Dídimo de Castrodidimodecatro@idadeverde.com