Vôlei do Brasil vence e se une à Rússia na semi do Mundial

Campeã olímpica, a seleção brasileira feminina de vôlei segue embalada na disputa do Campeonato Mundial, titulo que ainda falta em sua vitoriosa galeria. Diante da Alemanha, a equipe verde-amarela confirmou seu favoritismo, venceu com parciais de 25/16, 25/13 e 25/21 e garantiu um lugar na semifinal da competição.O Brasil é a segunda seleção a garantir um lugar entre as quatro melhores: antes mesmo de as brasileiras entrarem em quadra, a Rússia havia assegurado a sua classificação com uma vitória arrasadora sobre a Sérvia por 25/19, 25/08 e 25/12. As russas foram justamente as algozes do Brasil na final do último Mundial, em 2006.Apesar da força que possui na Europa, a Alemanha é uma tradicional freguesa brasileira, que já havia sido derrotada pelo time nacional duas vezes esta temporada, em amistosos realizados antes do Grand Prix em Belo Horizonte. A principal jogadora da equipe, Christiane Furst ganhou destaque no cenário internacional a partir do momento em que começou a trabalhar com Zé Roberto em Pesaro, na Itália.Ou seja, os segredos alemães já eram bem conhecidos do Brasil, que tratou de caprichar na marcação da principal pontuadora rival, a oposta Kozuch. Deu certo e o bloqueio brilhou, marcando um total de 12 pontos e tocando em praticamente todas as bolas adversários. Além disto, o sistema defensivo do Brasil fez sua melhor apresentação neste Mundial e ajudou a garantir a vitória.No ataque, a maior pontuadora foi Natália, com 20 pontos e participação fundamental no terceiro set. Sheilla apareceu logo em seguida, com 16. Corina Ssuschke foi a maior pontuadora da Alemanha, com apenas oito pontos, dois a mais que Kozuch.O Brasil entra em quadra novamente às 3 horas (horário de Brasília) desta quarta-feira para encarar os Estados Unidos, vice-campeão olímpico e campeão do Grand Prix. A vitória é fundamental para escapar da Rússia na semifinal.O jogoO bloqueio do Brasil foi o grande destaque do primeiro set, rendendo cinco dos 25 pontos do time nesta primeira etapa. Kozuch foi a principal vítima do paredão verde-amarela e praticamente só apareceu tomando toco neste início de partida.Um dos poucos bons momentos germânicos foi o bloqueio de Furst sobre Fabiana em jogada rápida pelo meio que funcionou muito bem contra Cuba, empatando o duelo em 2 a 2. Nada, entretanto, que abalasse as meninas, que fecharam a etapa justamente em um bloqueio.Com o passe na mão, a levantadora Fabíola conseguiu fazer uma excelente distribuição das jogadas no segundo set, onde os destaques ficaram por conta dos ataques de Natália e Sheilla. Sem Furst do outro lado da quadra, o bloqueio também funcionou bem e foi justamente um triplo em cima de Kozuch em uma bola de meio-fundo que o Brasil fez 2 sets a 0.Quando tudo parecia caminhar para uma vitória tranquila do Brasil, Zé Roberto Guimarães teve motivos para se irritar com a equipe, desnecessariamente nervosa devido a marcações da arbitragem. A levantadora Fabíola também passou a pecar na precisão, colocando suas próprias companheiras em dificuldade.Desta forma, a Alemanha permaneceu na frente até a metade da etapa, graças a alguns contra-ataques desperdiçados pelas rivais. Com 12 a 08, Zé Roberto parou o jogo e pediu para que mais bolas fossem levantadas para Natália, deixando Sheilla menos sobrecarregada.A tática deu certo e o Brasil não demorou a empatar em 13 a 13, mas não conseguiu executar a virada de imediato. Pelo menos, teve o mérito de não deixar as adversárias escaparem no placar, muito em função do excelente set da líbero Fabi.A retomada do comando do placar veio em um ataque justamente de Natália no 19 a 18. A partir daí, com Jaqueline no saque, o Brasil abriu para 21 a 19 e não deu mais chance para as alemãs, definitivamente derrotadas em um forte ataque de Natália.Fonte: Gazeta