Com vaia e choro, Inter vence e acaba em terceiro do Mundial

Vaia, choro e homenagem. O Mundial de clubes terminou para o Internacional neste sábado com uma vitória por 4 a 2 sobre o Seongnam Ilhwa Chunma, da Coreia do Sul, e o terceiro lugar garantido.  Mas o resultado foi o que menos importou, já que o objetivo era ao menos chegar á decisão contra a Inter de Milão, fato impedido com a frustrante derrota para o Mazembe, da RD do Congo.Alguns jogadores tiveram que agüentar vaias dos cerca de oito mil colorados que estavam no Zayed Sports City, em Abu Dhabi. Celso Roth, também xingado, chorou no banco de reservas no que pode ter sido sua despedida. Os gols foram marcados por Tinga, Alecsandro (dois) e D’Alessandro.Se antes da partida Sóbis (este com a torcida dividida), Alecsandro e Roth foram vaiados, durante sobrou também para Renan e Guiñazu. Antes de o jogo começar, o telão do estádio mostrou uma entrevista do técnico Celso Roth falando sobre o torneio (editada da primeira partida, já que como iG publicou o Inter se recusou a gravar depoimentos novos para a disputa do terceiro lugar). As vaias tomaram conta do estádio quando o rosto do técnico apareceu.Roth vibrava e pulava no banco de reservas com cada lance certou ou errado de sua equipe. Para ele, parecia uma final. Como também para Alecsandro. O atacante de 29 anos foi o mais criticado por torcedores tanto nos Emirados Árabes Unidos, como em Porto Alegre, depois do vexame contra os africanos. E parecia louco para dar a resposta.Tentou chute de longe, de perto, bicicleta, até que recebeu na direita lateral cobrado por Nei, ganhou na “ombrada” de um sul-coreano e lançou Tinga, que de ombro abriu o placar. No banco, Roth esmurrou o ar. Parecia raivoso.O Inter controlava o jogo com facilidade contra um time que parecia ate menos interessado no terceiro lugar do que os brasileiros. O Seongnam  poupou seus principais jogadores, como o zagueiro australiano Ognenovski e o meia montenegrino Radoncic. Este até entrou na metade do primeiro tempo, mas logo saiu.A fim de jogo, Alecsandro fez seu gol. D’Alessandro recebeu na área e só tocou de lado para o camisa 9, que concluiu de pé direito no canto direito do goleiro Jung. Neste momento, o telado do estádio focalizou Celso Roth, que chorava no banco de reservas. Alecsandro correu para o banco de reservas para abraçar o goleiro Pato Abbondanzieri, que encerrou a carreira neste sábado. A Fifa o considerou o destaque da partida.Com um a mais em campo, Jang havia sido expulso ainda no primeiro, o Inter administrou no segundo tempo, apesar de Roth parecer sedento pelo massacre. D’Alessandro fez o terceiro, com um chute preciso de fora da área. No banco, Roth pulou, abraçou o auxiliar. E pediu para seu time atacar, atacar e atacar.Sóbis perdeu um gol na frente do goleiro, parecido com os dois que falhou contra o Mazembe. Olhou para o banco, colocou a mão na coxa e pediu substituição. Roth colocou Giuliano e pediu para marcar mais gols (o telão mostrou claramente a frase “vai para cima deles”).Alecsandro marcou o quarto, em posição duvidosa. Roth sossegou no banco. E pôde até prestar uma homenagem a Abbondanzieri, que faltando 15 minutos para acabar o jogo colocou o argentino, que encerrou a careira em campo. Foi mais um que chorou, mas este com lágrimas de alegria – apesar dos gols tomados no final, marcados pelo colombiano Molina. Na arquibancada, a torcida por um momento se esqueceu de vaiar e seus jogadores e mirou a cantoria contra o rival Grêmio. Afinal, acabou o Mundial e agora é voltar para a realidade.Fonte: IG