Piauí é o segundo estado nordestino em riquezas minerais

O Piauí é o segundo estado do Nordeste em incidência de minérios - perde apenas para a Bahia -, segundo números da representação estadual do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão do Ministério das Minas e Energia, responsável pela concessão de autorizações para pesquisas e de outorgas para lavras de jazidas minerais no Brasil.Existem hoje no estado cerca de 3,5 mil títulos concedidos para pesquisas dos mais diversos minerais, entre eles, ferro, diamantes, calcário, níquel, opala e argila. Do total de títulos, 1,6 mil foram requeridos somente no ano de 2008, quando houve um trabalho mais intenso de divulgação das potencialidades minerais do estado. O chefe de fiscalização e outorga do DNPM em Teresina, Reinaldo Batista, informa que até 2006 existiam apenas 800 desses títulos, mas o número de pedidos de autorizações para pesquisas foi tão grande em 2008 que o estado ficou em segundo lugar no Brasil neste quesito. “Hoje, seguramente, estamos entre os dez estados brasileiros de maior potencial mineral”.Ele entende que a grande diversidade mineral do Piauí vai fazer a diferença no futuro. “Não temos uma única riqueza, são vários tipos de minérios, todos eles com mercados garantidos no Brasil e no exterior. São reservas acima de milhões de toneladas, o que garante a viabilidade econômica da lavra”.A reserva de ferro na região de Paulistana, por exemplo, é estimada em 400 milhões de toneladas e as pesquisas para o início de sua exploração estão em fase adiantadas. A empresa que possui o direito sobre a área já solicitou ao DNPM nova autorização para aprofundar as pesquisas de dimensionamento de jazida, um dos últimos passos para o começo da exploração efetiva.Outra grande reserva é a de níquel, no município de Capitão Gervásio Oliveira. Explorada em fase experimental pela Companhia Vale do Rio Doce (Vale), uma das maiores mineradoras do mundo, a mina do Morro do Brejo, com quatro quilômetros de extensão, dois quilômetros de largura e 120 metros de altura, possui uma jazida avaliada em 25 milhões de toneladas de níquel. Somente em pesquisas e na instalação de uma usina piloto, estão sendo investido cerca de US$ 50 milhões.O engenheiro cita também a exploração de diamantes na região de Gilbués, no extremo sul do Piauí, onde existe uma jazida estimada em dois milhões de quilates, já sendo explorada de forma industrial. O diamante do Piauí é puro e tem certificação do próprio DNPM e de Kimberley, órgão criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para atestar diamantes quanto à sua origem e legalidade. “Gilbués já exportou quase três mil quilates de diamantes certificados”, conclui Batista.Da Redaçãoredacao@cidadeverde.com