PT indica Antônio Neto para a Codesvasf e disputa vaga com o PSB

O senador Wellington Dias (PT), em entrevista ao Jornal do Piauí, negou que haja problemas entre seu partido e o PSB por conta da indicação da presidência da Codevasf. Segundo ele, o que há é a união dos partidos para que a indicação seja de um piauiense. E se a presidente Dilma definir que será um nome do PT nordestino, o partido defenderá um técnico piauiense.

Thiago Amaral/Cidadeverde.com

Wellington Dias confirmou defesa do PT pelo nome de Antônio Neto"Se ficar com o PSB, vamos atuar juntos para que fique com o PSB do Piauí. Se ficar com o PT, da mesma forma. Estamos atuando juntos", declarou Wellington.

O senador confirmou também que o PT defende o ex-secretario Antonio Neto para o cargo. "Se o PT nacional ficar com alguma coisa no nordeteste, o PT do Piauí vai indicar", complementou.

O governador Wilson Martins (PSB) já declarou que não há essa divergência e indicou o nome de seu irmão, Rubens Martins, para o crivo da presidente Dilma Rousseff.

Antônio Neto, ex-secretário de Fazenda

Corte no Orçamento

Wellington Dias comentou também sobre as consequências do corte no Orçamento federal, que ficará em torno de R$ 50 bilhões.

Para o senador, o país não será prejudicado, já que o corte não afetarão as obras que já estão em andamento. Mas os governos terão que repactuar os convênios.

"É o caso do Aeroporto de Teresina, que teve dinheiro e não foi aplicado. Quando vira o ano e não há andamento no projeto, o dinheiro é devolvido. Não conseguiram resolver o problema da licitação do novo terminal de carga, que custará R$ 90 milhões. Então, deveremos pactuar a partir da Comissão de Infraestrutura do Senado. O que tem de bom é que aquilo que tiver de convênio de obra o corte no Orçamento não vai mexer", explicou.

Salário mínimo

O senador também defendeu o aumento no salário mínimo no valor de R$ 545 e não de R$ 560. Para Wellington, há um pacto entre o governo e as centrais sindicais que precisa ser respeitado para que não haja problemas de demissões futuramente.

"O ganho real é de 64%. Lula fez pacto com as centrais sindicais para todo ano, independente do Congresso, priorizar o salário mínimo pegando a inflação do ano anterior e o crescimento do PIB de 2 anos atrás. O resultado disso é que em 2012 vai ficar R$ 616. O Brasil vai chegar a 2015 como país desenvolvido e com o salário mínimo como política que ajuda isso a acontecer. Vamos ter salário mínimo de país desenvolvido. É política permanente, independente de crise ou de Congresso", disse.

Leilane Nunesleilanenunes@cidadeverde.com