Amor e Revolução estreia e é a 1ª novela a se passar na Ditadura

Escrita por Tiago Santiago e dirigida por Reynaldo Boury, Amor e Revolução é a primeira na televisão brasileira a se passar inteiramente na época da Ditadura Militar, entre as décadas de 60 e 70.

Para que tudo saia perfeito, os atores participaram de um workshop com pessoas que viveram na pele a Ditadura, além de fazer um treinamento militar que dará ainda mais veracidade à trama.

 

Tortura, perseguições, luta pela liberdade e um romance proibido durante a ditadura. Esses são os ingredientes de "Amor e revolução", a novela do SBT que estreia nesta terça-feira (5), às 22h15.

— Vivi na época dos generais. Sou da classe média que não podia votar, havia repúdio à ditadura na minha família. Por isso, tenho vontade de falar dos anos de chumbo desde a adolescência — conta o autor Thiago Santiago, que diz realizar um sonho: — Queria fazer essa trama desde 1995.

As cenas de tortura são impactantes. O casal Carlo (Marcos Breda) e Odete (Gabriela Alves) são os primeiros a aparecerem massacrados. O autor afirma que estarão de olho na receptividade do público em relação à violência das cenas.

— Estaremos atentos para ver o que o telespectador vai sentir ao vê-las. Se houver repúdio, transformamos em algo mais palatável — garante Thiago, que pretende retratar o período de 1964 a 1972 e traz no fim de cada capítulo, depoimentos reais de gente que sofreu com o regime militar.

Mas não só de violência vive a trama. O foco central é a história de amor (quase) impossível de Maria (Graziella Schmitt) e José (Cláudio Lins). Ela é guerrilheira, ele, militar.

— É como um Romeu e Julieta na época da ditadura. Mas, por amor, a partir da metade da novela, ele deserta do Exército e se junta a ela na luta armada. Assim, o casal passa a ser perseguido. É bom dizer que há violência na trama, mas também muito amor, muito beijo na boca — avisa o autor.

 

Fonte: SBT