Dona de bar é condenada a 20 anos de prisão por prostituição infantil

O juiz da 7ª Vara Criminal, Almir Tajra [foto], condenou a proprietária do bar Lenice Drinks, Lenice Gonçalves de Sousa, a 20 anos de prisão em regime fechado em dois processos por prostituição infantil. Os julgamentos aconteceram na semana passada e a proprietária aguarda a apelação em liberdade.

Lenice escondendo o rosto

De acordo com o juiz, no primeiro processo foram condenados também Robert Viana Lima, marido de Lenice, e Francisca Marlene Pereira de Sousa, gerente do bar, ambos condenados a 7 anos.

Neste processo, a proprietária deve cumprir pena de 11 anos. A ação diz respeito a 4 menores, com idades entre 15 e 16 anos, que faziam programa, usavam bebida alcoólica e também havia indícios de uso de drogas.

As garotas são da cidade de Água Branca, uma do Ceará e duas de Teresina. "As menores vendiam o corpo por R$ 50, R$ 60, no próprio local ou em locais diferentes. A ação durou 2 anos. A fachada do ambiente era social, mas não era o que se consumia", destacou o juiz.

Site de relacionamentosNo segundo processo, o juiz relata que uma adolescente de 15 anos teria sido recrutada através de um site de relacionamentos. A menina havia brigado com os pais e, ao acessar o site, teria visto que Lenice recebia moças para trabalhar. Ela foi até o local e passou 4 dias se prostituindo e injerindo bebida alcoólica.

A menor foi encontrada pelo pai, que denunciou o local. Nessa ação, Lenice foi condenada a 9 anos de reclusão.

O juiz também pede a cassação do alvará de funcionamento e o fechamento do estabelecimento.

Segundo Almir Tajra, essa foi a primeira condenação de prostíbulos em que se constatou prostituição infantil em Teresina e há, pelo menos, mais três ações em andamento.

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Flash de Caroline OliveiraRedação de Leilane Nunesredacao@cidadeverde.com