Marcelo Castro nega ligação com fraudes no Ministério do Turismo

O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) declarou em entrevista ao Jornal do Piauí desta sexta-feira (12) que não tem envolvimento com as fraudes do Ministério do Turismo, descobertas pela Polícia Federal durante a operação Voucher, na qual foram presas 36 pessoas. Thiago Amaral/CidadeVerde.comO parlamentar diz que a matéria do jornal o Estado de São Paulo tenta criar um fato a partir de algo que não aconteceu. “Não aconteceu nada de mais. O Estado de São Paulo quis criar uma notícia de algo que não existiu. O título dizia ‘Cúpula do PMDB tenta proteger Marcelo Castro’. Quem lê interpreta que Marcelo Castro fez alguma coisa errada e a cúpula quer proteger, mas basta ler a matéria inteira para ver que não tem nada de mais”, observa.A conversa telefônica, obtida pelo jornal, registra uma ligação o secretário Nacional de Políticas de Desenvolvimento para o Turismo, Colbert Martins, e o secretário-executivo do ministério, Frederico Silva Costa, ambos presos desde terça-feira sob a acusação de envolvimento no esquema de corrupção na pasta. Nesta chamada o nome do deputado piauiense é citado. “Peço que as pessoas que leram a manchete leiam a matéria toda, o diálogo entre o Martins e o Frederico. Não preciso de proteção nenhuma”, declara. Castro ainda explica sua relação com o Ministério do Turismo. “O que está acontecendo é que há uma emenda em 2009 de uma deputada do Amapá na qual há verbas pra dar cursos de aperfeiçoamento para o Turismo. Foi feito um convênio com uma ONG chamada Ibrase Instituto Brasileiro de Infraestrutura Sustentável. O nome dá suspeita. Dizem que esta Ibrase é uma ONG de fachada, que não dá curso nenhum, passou os contratos para outras empresas de fachada, assaltaram o dinheiro publico e colocaram no bolso”, descreve. “Eu não boto dinheiro para ONG. Só boto dinheiro para as prefeituras dos municípios ou Governo do Estado; faço isso para preservar minha imagem. Se eu colocar o recurso para um município e o prefeito não aplicar, ele responde”, emenda. TurismoMarcelo Castro explica que sua emenda no Ministério do Turismo foi para a cidade de Lagoa do Barro. “Veio para a Casa Civil a autorização para uma emenda que eu coloquei para o município de Lagoa do Barro, R$ 97,5 mil, para calçamento. Mas isso foi feito através da Caixa Econômica”, explica. Dentro deste processo, o deputado explica que há lisura porque a Caixa Econômica só libera o dinheiro após receber o projeto, fiscalizar e aprovar. “Coloquei emenda para Lagoa do Barro, como coloquei a todos os municípios nos quais eu fui votado. As denúncias do Ministério do Turismo são com ONGs ou eventos”, justifica.Carlos Lustosa Filhoredacao@cidadeverde.com