O capitão Dênio Marinho, diretor da Casa de Custódia, informou que o preso Carlos Fernando Nobre, encontrado morto dentro do banheiro do presídio nesta manhã tinha muitos hematomas pelo corpo e um sangramento na cabeça. O detento tinha sete companheiros de cela.

Matéria relacionada:Preso é achado morto na Casa de Custódia; é o 3º este ano Ainda segundo o diretor, Carlos Fernando Nobre era integrante de um grupo chamado "seita satânica", um grupo de extermínio de detentos que atua dentro de presídios no Estado.

Fotos: Carlos Lustosa/Cidadeverde.com

"O Carlos Fernando Nobre fazia parte da seita satânica [grupo de extermínio de presos], que é responsável por três homicídios dentro da Custódia. Essa seita satânica foi desmantelada com ajuda do ex-diretor Carlos Gomes, após trabalho de inteligência. O preso havia sido transferido para a penitenciária Irmão Guido, mas foi descoberta uma tentativa de fuga e ele foi trazido de volta. Ele deveria ir para o Pavilhão I, que está sendo reformado. Mas como não estava pronto, nós falamos com ele e ele propôs ficar no Pavilhão D, onde ele disse que tinha companheiros, e assinou um termo de responsabilidade e nós colocamos ele na cela 1", explicou Dênio Marinho.

O capitão descreve que foi feito um trabalho de triagem na cela para evitar que os presos portassem qualquer instrumento cortante ou pontiagudo. Mas, mesmo assim, hoje pela manhã, por volta das 7h, ele foi encontrado morto.

"Ele estava muito quebrado e com fraturas por todo o corpo", disse. O diretor do presídio acredita que a principal hipótese é que ele tenha sido assassinado pelos próprios companheiros de cela.

Carlos Fernando frequentava o sistema prisional há algum tempo, tendo sido solto várias vezes, mas sempre retornava. Além desses homicídios, o detento respondia por latrocínio e assalto.

Dênio Marinho disse que ainda há ex-membros dessa seita satânica espalhados por presídios do interior do Estado.

Flash de Carlos Lustosa FilhoRedação de Leilane Nunesredacao@cidadeverde.com