Caso Fernanda: Eliardo confirma a existência de vídeo e caderno

Em entrevista exclusiva à TV Cidade Verde na noite de ontem (05), o promotor Eliardo Cabral confirmou a existência de um vídeo no netbook de Fernanda Lages Veras. Além disso, um caderno com anotações da vítima teria sumido.

Para o promotor, tanto o vídeo como o caderno colocam três pessoas em envolvimento direto com o assassinato da estudante.

"Não só tenho informações do vídeo que estava no netbook, que foi deletado, como de um caderno, que provavelmente estava dentro do carro dela ou ela entregou para alguém guardar. Esse caderno contém anotações preciosas sobre alguém que não estava na cena do crime e nós vamos buscar esse caderno onde ele estiver", explicou o promotor.

O vídeo teria sido deletado do computador da estudante. Porém, a polícia e o Ministério Público tentam recuperar o documento.

Yala Sena/Cidadeverde.com Eliardo Cabral, promotor de Justiça

Além dessa pessoa, que não esteve na obra do MPF, o promotor reafirma que os laudos da Paraíba apontam que duas pessoas estiveram no local e participaram diretamente do suposto assassinato. O material colhido na escada e na mureta (saliva e suor) confirmariam que duas pessoas do sexo masculino estiveram com Fernanda no local.

Os exames já realizados indicaram apenas o sexo das pessoas. Porém, novos materiais foram enviados ao Instituto de Criminalística da Paraíba para comprovar a identidade dos suspeitos.

"Novos exames devem provar a existência dos dois homens, que seguraram e arremessaram Fernanda da mureta e eles não serão [mais] suspeitos, mas indiciados para depois serem denunciados. Os dois certamente terão muitas informações a prestar à polícia", declarou.

Afastamento do delegado

Eliardo Cabral explicou ainda o pedido de afastamento do delegado Paulo Nogueira, da Comissão Investigadora do Crime Organizado, que preside o inquérito.

Paulo Nogueira, segundo o promotor, seria filiado ao PMDB. Entre os suspeitos estaria uma pessoa também filiada ao partido. "O delegado está numa situação bastante desconfortável. Eu, no lugar dele, sequer teria aceitado [o caso]. Ele se desligou recentemente do partido. A pessoa para de fumar e um ano depois ainda pode estar intoxicada", afirmou.

Leilane Nunesleilanenunes@cidadeverde.com