Delegado desabafa e nega manipulação do netbook de Fernanda

O delegado Alessandro Barreto, titular do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil, fez hoje (26) um desabafo durante entrevista ao Jornal do Piauí. Ele avalia que, agora, a polícia está desacreditada junto a opinião pública e qualquer resultado que a Cico apresente sobre o Caso Fernanda Lages não será aceito.Alessandro criticou o "pingue-pongue" entre a polícia e o Ministério Público Estadual no que diz respeito à devolução ou não do inquérito. Ele acredita que o inquérito deva ser conduzido agora por outra instituição. "Eu não acredito nessa história de pacificar. Qualquer resultado que a polícia apresente não vai ser acreditado. A polícia está com a imagem manchada, vítima de chacota. É importante que uma outra instituição de fora venha terminar. Pelo que estou acompanhando, vai ficar uma bola de pingue-pongue com o Ministério Público. É preciso que a OAB, PF ou Força Nacional sejam procuradas porque qualquer resultado que o delegado Paulo Nogueira apresente não vai agradar. Tem muita gente assistindo CSI, se achando policial, emitindo opinião sem conhecer o inquérito. Até admitimos que façam críticas. Se a Civil tiver errada pediremos desculpas, além da injustiça com a Fernanda. Desculpe pela nossa ignorância", declarou.Dados e ligaçõesO delegado comentou ainda o que foi feito diante do netbook de Fernanda Lages e as ligações. Ele negou que o computador tivesse sido manipulado ou que a polícia tenha apagado qualquer arquivo da máquina. "É facil. Pegue e leve para uma instituição e veja se foi apagado algum arquivo. Mudar senha é muito fácil detectar. Nós merecemos respeito. Não estamos tendo paz, trabalhando aos finais de semana. Mas não podemos criar resultado para agradar A, B ou C", desabafou.Envolvimento de JivagoAlessandro analisou como surgiu o nome de Jivago Castro no caso. Segundo ele, nenhum dado ou fato foi encontrado que relacionasse o engenheiro à Fernanda. "Por que é que chegou ao engenheiro? No dia do crime um policial entrou no 5º DP e disse que um engenheiro da obra havia viajado para Fortaleza e o engenheiro 5h30 do dia do crime estava no aeroporto, local incompatível com a obra. Infelizmente culminou para isso. Pela minha parte, não há nada relacionado ao Jivago", disse.Leilane Nunesleilanenunes@cidadeverde.com