Quadrilha acusada de desmanches no Piauí é presa no Maranhão

As polícias do Piauí e do Maranhão prenderam na última quarta-feira (25), em São Luís-MA, três acusados de desmanche de pick ups de Teresina. Dois deles já foram detidos pela Polinter-PI por duas vezes no final de 2011. A polícia piauiense tentará recambiá-los para a capital. Carlos Willames Vieira da Costa, conhecido como Carlinho da Coebe, 27 anos, Adolfo Pablo Menescal Mourão, 28 anos e Antônio Virgílio Lima foram presos em flagrante após roubo de uma caçamba. "Com eles foram encontradas inúmeras peças de pick ups roubadas", acrescentou o titular da Polinter, Francisco Bareta.Segundo o delegado, Carlos e Adolfo haviam sido presos em 11 de outubro e 29 de novembro do ano passado, acusados do mesmo crime. "Efetuamos a prisão, mas 48 horas depois eles foram liberados", disse. Além dos três detidos, outras três pessoas foram indiciadas: Agemiro Menescal Lima (pai de Adolfo e irmão de Agemiro), Lindeílson Flor Freitas, conhecido como Lindão, e Ana Clarice dos Santos Brito. "Foi quebrado o sigilo telefônico e a podemos descobrir tudo. Eles são responsáveis pelo roubo de 8 a 10 caminhonetes nos últimos quatro meses", ressaltou o delegado.Os acusados responderão pelos crimes de formação de quadrilha, roubo qualificado, receptação qualificada e alteração de identificação de veículos. "Todas essas ações representam a organização criminosa. Eles fazem do crime sua profissão, sua maneira de sobrevivência", destacou Bareta. ForagidoO delegado informou que ainda há um foragido que teria participação na quadrilha. Paulo Henrique Rêgo Rodrigues, 26 anos, também teria sido preso em 2011 e liberado horas depois. "Ele é extremamente perigoso, é da parte armada da quadrilha. Ele está envolvido em vários crimes, como por exemplo, na morte de uma advogada em São Luís. Ele foi pego com o carro da vítima, mas foi liberado", contou Bareta.Segundo a polícia, a quadrilha rouba tanto caminhonetes de luxo como populares. "Em novembro, quando os prendemos, encontramos uma Hilux que havia sido roubada menos de 24 horas antes e que já estava totalmente cortada. Identificamos o veículo pelo motor", disse o delegado. Falta de divisasO delegado culpou a falta de fiscalização nas divisas piauienses pela facilidade nos roubos de veículos. "Estamos de mãos atadas. Não temos o que fazer porque não tem fiscalização nas fronteiras. Posso colocar mil policiais aqui, mas não tenho como fechar o cerco", argumentou.Jordana Curyredacao@cidadeverde.com