Denzel Washington encarna vilão em novo filme

Os atores Denzel Washington e Ryan Reynolds aparecem como os protagonistas do filme de ação e espionagem "Safe House", que estreou nesta sexta-feira nos Estados Unidos. 

Dirigido por Daniel Espinosa, o filme é ambientado na Cidade do Cabo, na África do Sul, e relata uma história de traição e corrupção dentro da CIA, que envolve um de seus agentes mais lendários (Washington) e um novato (Reynolds). 

"Este filme me deu oportunidade de trabalhar com alguns dos grandes talentos do cinema. Para um jovem sueco isto é bastante extraordinário", brinca Espinosa, filho de refugiados políticos chilenos. 

Durante a apresentação do filme em Nova York, Espinosa explicou que quase não teve o roteiro nas mãos, mas pensou em Denzel Washington para esse papel de espião traidor, enquanto Reynolds surpreendeu o diretor com seu talento e acabou sendo convidado.

Denzel Washington e Ryan Reynolds em cena de "Safe House", que estreou nos EUA esta semana

"Não estava em minhas perspectivas, mas falei com ele e vi que tem grandes qualidades. É como um jovem Robert Redford e tem um grande carisma", disse o diretor sobre o canadense Ryan Reynolds, protagonista de sucessos como "Apenas Amigos" e "Lanterna Verde". Denzel Washington, 57, se interessou pelo filme ao "descobrir o lado obscuro" de seu personagem, que foi inspirado na leitura do livro "The Sociopath Next Door", de Martha Stout, espécie de "bíblia para desenvolver o personagem". "Pensava que um sociopata seria alguém violento, e alguns são, mas acho que, sobretudo, o que querem sempre é ganhar. Gosto do caos que eles causam. Tinha que encontrar a maneira de ganhar em cada cena do filme", explicou o conhecido ator. Reynolds, que definiu seu companheiro como um "grande apaixonado", achou proveitosa a chance de atuar no primeiro grande filme do diretor nos Estados Unidos. "Isso me atraiu mesmo, assim como meu papel", confirmou Reynolds. Além da dupla de protagonista, o filme ainda conta com Sam Shepard, Vera Farmiga ("Os Infiltrados") e o panamenho Rubén Blades, que volta às telas para viver Carlos Villar, um ex-revolucionário e falsificador que vive no subúrbio da Cidade do Cabo. No entanto, o músico e ator reconheceu que é necessário melhores papéis e mais variedade em Hollywood. "Quase sempre nos escalam em papeis de latinos. Isso teria que mudar um pouco", afirma Blades. Entre seus projetos, Blades - que confessa que no futuro deseja fazer um western e "interpretar Edgar Allan Poe" - afirmou à Agência Efe que deverá atuar no filme "O Libertador" como um assessor de Simón Bolívar.Fonte: Folha Online