Macarrão não vai livrar Bruno, diz advogado

O advogado Wasley César de Vasconcelos respondeu às declarações do colega de profissão Rui Pimenta, que defende o goleiro Bruno Fernandes no processo sobre desaparecimento e morte de Eliza Samudio. “Acredito piamente na inocência de Luiz Henrique Romão”, disse sobre o cliente, de apelido Macarrão. Neste domingo (11), Pimenta admitiu que a ex-namorada do goleiro está morta e atribuiu o crime a Luiz Henrique Romão. A defesa de Macarrão acredita que Eliza não esteja mais viva por causa do tempo que está desaparecida, mas desafia sobre a localização do corpo.Macarrão, na saída do juizado de Contagem, em julho de 2010 (Foto: Reprodução/Globo News)“Ele [Rui Pimenta] já entrou no caso tendo essa visão paranormal do ocorrido. Não existe prova neste sentido, nenhuma prova. O que ele está fazendo é uma defesa que seja a melhor para o cliente dele. Se ele afirma com tanta certeza, ele precisa fazer o que a Polícia Civil não conseguiu até hoje, que é localizar os restos mortais da Eliza”, disse em entrevista ao G1 nesta segunda-feira (12) na condição de advogado de Macarrão. Pimenta havia dito que vai sustentar no julgamento que Macarrão tomou a decisão de matar Eliza por ciúmes de Bruno.Vasconcelos afirma que vai averiguar se o cliente foi sondado a participar de qualquer manobra para livrar o amigo Bruno da acusação de homicídio. “Quero saber quem esteve com ele no presídio nos últimos dias. Eu não admito a possibilidade de ele assumir um crime para livrar o Bruno. Se eu perceber que isso aconteceu, eu renuncio na hora”, disse. Segundo o advogado, que reside em cidade diferente da que Macarrão está preso, ele tem trabalhado bastante no processo e visita o cliente uma vez por mês.Vasconcelos não revela em detalhes a estratégia de defesa, mas afirma que vai defender perante o júri a ausência de provas contra Luiz Henrique Romão e também a falta de materialidade do corpo. Para o advogado, cabe ao estado, por meio da Polícia Civil e do Ministério Público, provar o envolvimento do cliente dele na morte de Eliza Samudio. “Não sou eu que vou fazer provas de que ele não participou. É o estado que tem que provar que ele cometeu. O ônus da prova cabe a quem fez a acusação”, disse. Segundo advogado, o último contato de Macarrão com Eliza foi uma carona saindo do sítio do jogador, em Esmeraldas, na Grande BH, para que ela seguisse viagem até São Paulo.O advogado de Macarrão diz que Eliza tinha muitos inimigos e por isso era “uma morta em potencial”. “Ela tinha um temperamento difícil, tinha relacionamento com vários homens casados. Era, entre aspas, uma morta em potencial porque tinha muitos inimigos e não era uma pessoa de boa convivência”, falou. Segundo Vasconcelos, para assumir a defesa de Macarrão, foi preciso estudar o comportamento da vítima por meio da internet e da busca de informações com pessoas que conviviam com Eliza.Fonte: G1