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Apesar da baixa imunização, vacina contra dengue é importante para combater doença

O infectologista Carlos Henrique Nery Costa declarou, na manhã desta terça-feira (05) em entrevista ao Notícia da Manhã, que a vacina contra a dengue, que ainda está em processo de estudo e fabricação, oferece menos de 70% de proteção aos seres humanos, mas já é um excelente começo para combater a doença no país. 

“Não é um ideal, mas já é um começo. É um excelente começo porque embora ela não proteja de forma acentuada os sintomas da dengue, a vacina teve um bom desempenho para a dengue grave, que é a que mais assunta. O perigo maior da dengue é a morte”, disse o infectologista.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprova primeira vacina contra dengue no país, que é válida para os quatro tipos de dengue, podendo reduzir dois em cada três casos da doença, 80% das hospitalizações e 90% da incidência de casos graves que resultam em mortes.

Para se imunizar contra a dengue, as pessoas precisariam tomar pelo menos três doses. Inicialmente, a vacina está disponível apenas para a rede privada no valor de R$80 cada uma. “Um dos inconvenientes no combate a doença é esse: a vacina é injetável que requer três doses, que são caras, para uma proteção parcial. No ponto de vista de saúde pública, não terá grande impacto enquanto for distribuído pela rede privada a não ser que seja adotada pelo Governo de forma universal”, comentou Carlos Nery.

O especialista também alerta que a vacina é contra a dengue. Por isso, não descarta o risco da Zika ou chikungunya. “Apesar de ser o mesmo mosquito transmissor, a vacina é só para a dengue, não livra a pessoa, por exemplo, dos riscos da microcefalia. As pessoas precisam entender que a vacina é especifica para a dengue”, disse.  Confira a entrevista no vídeo. 

 

 

Carlienne Carpaso (especial para o cidadeverde.com)

Com informações da TV Cidade Verde 

 

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